Carreiras artísticas
O meu irmão Vasco vai para o Japão trabalhar para um dos melhores ateliers de arquitectura japoneses, Sou Fujimoto. Admiro-o por ser um rapaz trabalhador e talentoso. A seguir ao Natal irei a Espanha. Andaluzia. Terra de que gosto pela história e pelas suas gentes. Desta vez irei ao Alhambra, viagem tantas vezes adiada. Gosto imenso de viajar. A viagem abre-nos a mente. Conversava há dias com o Vasco, preparava ele a carta para apresentar à Fundação Oriente a fim de pedir apoio para o estágio no Japão. Dizia ele na carta que a viagem está para o arquitecto, como o código civil está para o advogado. Aprecio deveras estas profissões artísticas, a descontração do arquitecto, o laissez-faire do músico, expressões de quem aprecia bem a vida que leva. Mas a arte não se dá apenas a quem se dedica às tradicionais formas da criatividade. Será - e aqui ensaio uma posição - que se pode ser artista fora dessas formas expressivas?! A descontração dum Nadir Afonso, a sua procura soli...