Do Quénia a Paris, a viagem amarela do caçador de escorpiões
Paris, 21 de Julho de 2013. A tarde arrastava-se, demorada, e o calor, insuportável, impunha recolhimento. A longa espera pelo pódio nocturno da 100.ª edição suplicava por uma leitura condicente. Uma fotografia, a toda a altura da primeira página, salpicada por letras que anunciavam o “Rei Sol”, facilitou a escolha. Num café, recolhido da artéria principal, o PÚBLICO abriu a bíblia do desporto francês e deparou-se com um Chris Froome desconhecido. Talvez em jeito premonitório, dada a supremacia do britânico naquele ano e as evidentes capacidades de trepador evidenciadas no ano anterior, quando foi segundo atrás de Bradley Wiggins, o L’Équipe viajou para Portugal e ficou esquecido numa estante. Até este domingo. Neste domingo, foi dia de folhear de novo a estória do vencedor da Volta a França 2015 numa viagem que começa num bairro residencial de Nairobi, no Quénia. Do encontro entre Clive, um antigo jogador de hóquei da selecção britânica de sub-19, que emigr...