Fazer-se advogado
Não nascemos advogados. Tornamo-nos já depois de uma já relevante caminhada. A nossa vida faz-se de muitos fios que vamos entrelaçando uns nos outros ao longo do tempo. Embora possamos dizer que o que fazemos como profissão seja um elemento essencial da nossa identidade, é bom que não nos prendamos a uma imagem fixa, imóvel da mesma e que a mesma não seja um paliativo para uma personalidade fraca, incompleta. Diz-nos Anselm Grun (o Desafio Espiritual da Meia-Idade: "a reacção frequente, como defesa em relação à insegurança, consiste em apegar-se com força e sem humor à sua própria pessoa e identidade, à profissão, às ocupações ou a um determinado "título". Jung crê que essa identificação com a profissão ou com o título tem «algo de sedutor e, por isso, tantos homens se resumem apenas e só à dignidade que a sociedade lhes concedeu. Seria inútil procurar neles uma personalidade por trás da casca. Atrás das grandes aparências representativas, não são mais que um in...