"O Livro de Frederico Pery, o Advogado Perypatético"
" Ser-se advogado é mais um estilo de vida que uma profissão, é sobretudo ser-se livre e dar vida (embora por vezes se tenha a ideia que o advogado é quem dá a morte) . Alguém uma vez disse que um poeta não se reforma; acrescentarei porque tem sede de Paraíso. O advogado tem a mesma agitação interior do poeta - e pode ir até ao Inferno para resgatar o Paraíso. Ao Inferno dos conflitos, da extrema burocracia, das esperas infindas pela justiça. Porém, o advogado deve perceber que ir ao Inferno não é «bilhete sem regresso». Como dizia Sebastião da Gama. devo querer «Que a Morte, quando vier, não venha matar um morto.../Quero morrer em pujança/Quero que todos lamentem a ceifa de uma esperança». Frederico Pery, o «Advogado Per(y)patético», exerce advocacia num escritório no Chiado, à rua da Emenda, ali bem perto do Tejo, alternando entre o patético e a busca peripatética de bem servir na sua profissão. Dedica-se à especialidade do direito marítimo, num escritório de família ...