A alegria de escrever

Com a voz nas pontas dos dedos, descorrendo pelos acontecimentos dum mês, é tanta a vontade de implicar-me na "folha de papel" como a dum barco a chegar a porto seguro, verdadeira amarragem dum coração agitado.
Todos nós sentimos a necessidade de sermos únicos, de sermos amados, de não sermos simplesmente mais um entre a multidão. E é isso que muitas vezes temo, de não ter a força para que o meu olhar seja um olhar próprio, de não ter voz própria e, mais grave, de não conseguir amar.
Em alguns dias de paragem, no Norte, em Soutelo, pude de facto parar. Foi bom ter encontrado pelo caminho, a Maria Ana Fonseca, uma rapariga esperta e viva, cheia de entusiasmo. Este mês foi também uma oportunidade boa para voltar a reencontrar o Zé Frederico e a Nani. Convidei-os para minha casa. A Nani é uma pessoa muito amável e que pensa muito nos outros. Na semana passada o Zézinho (Zé Frederico) convidou-me para ir com ele e o seu tio José Paulo andar de catamaran na barragem de Montargil. O Zé Frederico é um óptimo tipo, gostei muito de conhecer o tio dele, um homem inteligentíssimo.
No Norte de Portugal estive uns dias depois de Soutelo, em boa verdade no fim-de-semana seguinte, no casamento do David e da Isabel. Reencontro com o Gilmour e sua encantadora mulher, a Inês. O Gilmour é daquelas pessoas de quem todos gostam: é uma pessoa de uma enorme boa disposição, é um conversador. Foi simpático este fim-de-semana. Ficámos num hotel em Vila do Conde, encontrámos aí o Marcos Frescata, acabámos também por passear um pouco com os amigos do David autríacos - esta malta do Norte da Europa são normalmente duma boa educação e duma civilidade que é sempre um enorme prazer conhecer.
Bom entendimento com o meu irmão Gonçalo, simpático e generoso, emprestou-me algum dinheiro numa altura de maior aperto... Vou ser padrinho da sua filha a Ana Maria. Vou ter mais uma sobrinha, a Marta é um verdadeiro amor. Nos últimos dias, tenho tido oportunidade para estar com o Vicente que está um desenrascado, a falar imenso.
Chega agora o homem que me vai ajudar a fazer mudanças e tenho que parar. Mas este exercício de 20 minutos já me fez muito bem.
Mais coisas: tio Joaquim Mendia. Um amigo mais velho.
Henrique Pereira da Silva. Um companheiro de muitas conversas.
Coisas difíceis: amarra Tivoli a porto seguro.
Enfim, toca à porta!











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