Carreiras artísticas


O meu irmão Vasco vai para o Japão trabalhar para um dos melhores ateliers de arquitectura japoneses, Sou Fujimoto. Admiro-o por ser um rapaz trabalhador e talentoso.
A seguir ao Natal irei a Espanha. Andaluzia. Terra de que gosto pela história e pelas suas gentes. Desta vez irei ao Alhambra, viagem tantas vezes adiada.
Gosto imenso de viajar.  A viagem abre-nos a mente. Conversava há dias com o Vasco, preparava ele a carta para apresentar à Fundação Oriente a fim de pedir apoio para o estágio no Japão. Dizia ele na carta que a viagem está para o arquitecto, como o código civil está para o advogado.
Aprecio deveras estas profissões artísticas, a descontração do arquitecto, o laissez-faire do músico, expressões de quem aprecia bem a vida que leva.
Mas a arte não se dá apenas a quem se dedica às tradicionais formas da criatividade. Será - e aqui ensaio uma posição - que se pode ser artista fora dessas formas expressivas?! A descontração dum Nadir Afonso, a sua procura solitária do sublime, será que poderá ser ganha por quem não se dedique a esses assuntos? Na viagem procuro viver a descoberta, deambular. Adoro a viagem pelo que ela permite para discutir, conversar. E quando se vem da viagem, as ideias que surgem.
Estou numa fase importante da minha vida. Uma fase para me organizar. Para me dedicar não apenas ao trabalho, atributo da minha vida que constitui o meu ganha pão.
Esta fase da minha vida corresponde a um momento de viragem, a um momento de dedicar tempo a duas ideias muito importantes para mim: a de estar no terreno com um projecto social e a de poder escrever. No primeiro campo conto poder organizar-me para montar o projecto educativo em Lisboa, mas não tiro de mira a possibilidade de lançar esse projecto fora-de-portas. No segundo caso, será fundamental a tarefa ligada ao Tivoli. Um projecto de cariz cultural, talvez embrião de mais e mais!!!


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