Humildade vem de "humus"
Se coisa há que podemos aprender com mais uma história em que de bestial se passa a besta - e neste caso falo justamente do BES... - é que por, mais rico e poderoso, não há ninguém neste mundo que seja invunerável e infalível. Podem as capas das revistas coroar êxitos e destacar méritos, podem as vozes calar-se perante o prestígio, mas justamente quando pensamos que aquela pessoa é um/a "afortunado/a" - seja por mérito próprio, seja pelas sortes que lhe calharam - não há passarelas vermelhas para sempre.
Lembro-me de Aznar e do seu sucesso, até que o mesmo o terá de certa forma cegado.
Quando muito alto se chega, há quem diga que se perde a noção das coisas.
Eu sempre achei que o muito dinheiro realmente não ajuda muito, distorce até as coisas, sobretudo que tenhamos consciência das nossas limitações. É esse exercício que por certo é difícil de se fazer: aceitar que se pode perder, que amanhã podemos estar pior do que hoje, não sair sempre por cima. Por isso, para se manter na crista da onda recorre-se à batota. Muito importante que tenhamos os pés bem assentes e que tenhamos quem à nossa volta nos continue a tratar como pessoas que somos: com qualidades e com defeitos. O mal, o mal tantas vezes, é que essas pessoas se rodeiam de bajuladores que não vêem que o "rei vai nu".
Por isso falava no outro dia com o Tio Joaquim Mendia que temos que manter na nossa vida o equilíbrio para darmos valor ao que verdadeiramente importa.
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