Mau feitio
Trata-se de quê?! Urgência ou apenas impaciência?
Lembro-me do Padre Burguete, ele cortava a direito, dizia tudo com uma grande frontalidade, não tinha quaisquer "falinhas mansas" - podia talvez parecer arrogante. Mas não era. Indignava-se perante a mentira e as falsas desculpas, aquelas que revelam o querer "safar-se" descuidado e preguiçoso, o querer "dourar a pílula" e o descompromisso.
Na procura da felicidade. Tentando ser livre, livre de jogar o jogo das aparências, do que é o engano.
Há um mimetismo frequente. Custam-nos as posições isoladas, gostamos muito do compromisso.
O Pe. Tolentino no seu novo livro feito de pequenas reflexões diz que raramente os educadores se preocupam com as grandes virtudes. Concordo em grande medida. São poucos os educadores que dizem: "fizeste bem em ser generoso"; "a tua atitude foi nobre". Ensina-se muitas vezes mais a prudência do que a coragem.
Há uma frase de que gosto: "é melhor ter mau feitio e carácter do que o contrário". O Pe. Burguete era um homem exigente. Creio que na exigência há sempre muito amor: o amor daqueles que não desperdiçam, que não adiam, que sabem que não nos podemos contentar com o poucochinho.
Como diz no seu livro "Vai onde te leva o coração", Susana Tamara tem uma frase forte, diz: "o amor não se dá aos preguiçosos". Tem toda a razão.
Procurar a justa medida entre a exigência e o afecto é uma tarefa para toda uma vida. O Pe. Dâmaso que o diga. Agora que está no hospital, continua, nos seus 89 anos a ser um homem forte, de convicções. Mas alimenta-o um grande amor. Um grande amor a Deus, que ele depois distribui em catadupa. Diz ele que demorou toda uma vida a dobrar o seu feitio, que herdou do seu pai. "Meu amigo Pe. Dâmaso, não sei que lhe diga... o Senhor Pe. é uma expressão maravilhosa do amor".
Também digo o seguinte: "o mau feitio tem que ser empregue num grande projecto. Aí a fúria transforma-se em dádiva, em energia de realização". Abençoados padres santos de mau feitio, Pe. Burguete de boa memória e Pe. Dâmaso amigo. Os vossos corações ardem de amor pelo bem.
Na procura da felicidade. Tentando ser livre, livre de jogar o jogo das aparências, do que é o engano.
Há um mimetismo frequente. Custam-nos as posições isoladas, gostamos muito do compromisso.
O Pe. Tolentino no seu novo livro feito de pequenas reflexões diz que raramente os educadores se preocupam com as grandes virtudes. Concordo em grande medida. São poucos os educadores que dizem: "fizeste bem em ser generoso"; "a tua atitude foi nobre". Ensina-se muitas vezes mais a prudência do que a coragem.
Há uma frase de que gosto: "é melhor ter mau feitio e carácter do que o contrário". O Pe. Burguete era um homem exigente. Creio que na exigência há sempre muito amor: o amor daqueles que não desperdiçam, que não adiam, que sabem que não nos podemos contentar com o poucochinho.
Como diz no seu livro "Vai onde te leva o coração", Susana Tamara tem uma frase forte, diz: "o amor não se dá aos preguiçosos". Tem toda a razão.
Procurar a justa medida entre a exigência e o afecto é uma tarefa para toda uma vida. O Pe. Dâmaso que o diga. Agora que está no hospital, continua, nos seus 89 anos a ser um homem forte, de convicções. Mas alimenta-o um grande amor. Um grande amor a Deus, que ele depois distribui em catadupa. Diz ele que demorou toda uma vida a dobrar o seu feitio, que herdou do seu pai. "Meu amigo Pe. Dâmaso, não sei que lhe diga... o Senhor Pe. é uma expressão maravilhosa do amor".
Também digo o seguinte: "o mau feitio tem que ser empregue num grande projecto. Aí a fúria transforma-se em dádiva, em energia de realização". Abençoados padres santos de mau feitio, Pe. Burguete de boa memória e Pe. Dâmaso amigo. Os vossos corações ardem de amor pelo bem.
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