Une voix, un destin
Tenho lido e visto várias coisas sobre Carl Jung, um homem cuja vida e trabalho deram muitos e bons frutos. Trabalhou com Freud, mas dele veio a divergir, não concordando com o peso excessivo dado à infância. Nele, embora o subconsciente jogue um lugar muito relevante, o trabalho de interpretação do mundo interior não tem apenas a ver com o passado, como também com os nossos desejos profundos. Ao contrário de Freud, não estamos irremediavelmente condicionados por uma realidade imposta, moldada pela relação na infância com os nossos progenitores. Ela é sem dúvida importante, mas em Jung há uma ampliação daquilo que somos e, aquilo que desejamos ser e como nos projectamos no futuro, são elementos que entram nesta equação. O processo de "individuação" é colocar-nos a caminho, vivendo no quotidiano das nossas circunstâncias, dando lugar às nossas vozes interiores e seguindo as nossas inclinações, num processo de descoberta aberto e dinâmico. Precisamos de estar connosco próp...