Campos estéreis
Nestas searas férteis de notícias que os políticos nos proporcionam, ouve-se que desta vez o homem não teve bem sorte: - quando começou, há 3 mandatos, não estava à espera de ser o homem escolhido, mas lá ficou com a cadeira. Agora o tribunal diz-nos que acabaram-se as cadeiras, que o homem já lá esteve muito tempo sentado: - nem naquela cadeira, nem em nenhuma por perto. Será que se poderá sentar num banco? Ou terá que ficar em pé, e ir de autocarro? Não, nas notícias dizia-se que o homem podia ir em primeira classe de avião para Bruxelas. Que seria o prémio por ter tido a paciência de, por 3 vezes, se ter sentado numa cadeira de que não gostava.
Que voltas pode a politica dar? Não sabemos muito. Quem decide não somos nós, são os senhores que mandam nos partidos. Democracia? Não, verdadeiramente não muita democracia. Se calhar o homem estará muito contente - e, se calhar também, a coisa é mais uma vez a prova de que será um homem de sorte, porque assim terá hipótese de justificar a perda da capital: - não conseguiu lá chegar por culpa dos tribunais, das dificuldades e entraves, enfim... E assim partir em estilo para Bruxelas.
A quem não choca esta falta de sentido do que deveria ser a política?! - Essa seara que deveria ter feito, ficou foi terra em pousio. Não semeou quase nada. Não pôs os talentos a render, enterrou-os na terra bem enterradinhos. E depois fez cara triste a dizer que não gostava de semear naquele campo e que o tinham mandado para ali, coitadinho... pois o menino, que tanto se sacrificou, agora vai poder usar essas moedinhas que enterrou bem fundo e outras que lhe darão, lá fora, nessa Europa civilizada. Não vai acrescentar nada. Vai simplesmente ocupar mais umas tantas cadeiras. E depois, vindo dessa Europa civilizada, virá um grande senhor.
É pena que gente que trabalha mais seria e competentemente não consiga o campo que mereceria ter, bem mais do que homens aterrados de Marte. A terra a quem a trabalha!!! Movimento dos sem Terra?
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