"Tio Augusto, podemos dar um mergulho?!"
Quem quer que conheça a tia Mónica, não fica indiferente ao seu sorriso aberto, diria mesmo ao seu vibrante sorriso. Mas e mais, a tia Mónica não é apenas sorriso. É também uns enormes braços, aqueles mesmos braços que sorriem para aquele extraordinário Papa que foi João Paulo II. Essa fotografia da tia Mónica em que o seu olhar e sorriso E UNS ENORMES BRAÇOS ABERTOS se encontram com os do Papa num abraço à distância e no meio da multidão, é a tia Mónica, feita de entusiasmo e de alegria. Os mesmos braços que acolhem e cuidam duma enorme família que a adora e que ela construiu com o tio Adriano.
A nós sobrinhos e família alargada, há também uma ligação forte que nos une, que nos une todos à tia Mónica. Vem de trás. Para mim vem da Praia Grande, vem dos mergulhos na piscina e de tantos lanches no Tojal, vem da Quinta Velha, vem duma família grande que sempre vibrou com todos os nossos encontros. "Tio Augusto, podemos dar um mergulho?!" Era este o mote para uma avalanche de primos que aterravam na nossa piscina depois dum dia de Praia Grande.
A tia Mónica nunca foi uma pessoa assim-assim, de meias-tintas, é quase excessiva, sobretudo no amor, em que sempre usa o superlativo. É talvez o seu lado irlandês, herdado da sua avó Sarah. O Nuno era parecido com ela, sempre que nos víamos ele fazia uma festa! "Primoooo!!!!" Na verdade, fazia festa a cada pessoa com quem se cruzava e por isso todos gostavam dele.
Esta tia Mónica é uma pessoa que tem um coração enorme, do tamanho dos braços e do seu sorriso. Por isso gosto muito dela. Ela diria o superlativo: "ADOROOOO-O!!" E hoje rezo por ela, lembrando o tio Adriano, o Nuno e toda a família, a avó Mi e o avô Augusto (de quem ela tanto gostava), o tio Bernardo. E lembro também o querido Pe. Dâmaso, que foi amigo do tio Adriano e que tinha um entusiasmo parecido com o da tia Mónica.
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