EUA (Abril e Maio de 2014, crónica atrasada pelo olhar de hoje)

Prometi ao Bruno Melo e Maia que escreveria alguma coisa sobre a minha ida aos EUA, no passado mês de Abril/Maio. 

Génese duma viagem

Neste ano de 2014, o 25 de Abril calhou numa 6.ª feira; na semana seguinte, o 1 de Maio, numa 5.ª feira, que se poderia assim estender para uma ponte: dois feriados em cima de fins-de-semana, oportunidade de excepção para umas férias, que aproveitei para viajar para os EUA, num total de 10 dias. 

Contarei de seguida como nasceu esta viagem.

A verdade é que, desde há muito, que exerce um fascínio sobre mim a personalidade de Abraham Lincoln e, depois de muito ler sobre ele, quis tomar "contacto" mais próximo com a sua vida. Tendo uma amiga normalmente disponível para viajar (o que é uma sorte para os seus amigos que gostam de viajar), desafiei-a para ir a Chicago, e a partilhar comigo a experiência - iremos ver como se cruza Chicago com Abraham Lincoln...

A idéia, que me ocorrera depois de encontrar um antigo número da National Geographic Society Magazine sobre os estados de Indianna e Illinois, era fazer o chamado "Lincoln Heritage Trail" de que aí se falava, uma espécie de peregrinação de carro pelos locais marcantes da vida do 16.º Presidente dos Estados Unidos da América. Ora a cidade mais importante do Illinois, que não a sua capital - pois a mesma permanece em Springfield, cidade onde Lincoln foi justamente advogado e congressista - é Chicago, uma cidade de mega arranha-céus, que as brochuras turísticas apresentam como um destino atractivo e emocionante. Seria Chicago o ponto de partida para essa "peregrinação".
Os planos vão-se construindo e concretizando - e estão também sujeitos a adaptações: - tendo partido da idéia dum percurso, uma espécie de peregrinação, estabeleci um objectivo que seria sair de Chicago, por carro, até New Orleans, na Louisiana, no Sul, acompanhando o grande rio Mississipi. Uma viagem de Norte para Sul, experimentando as suas diferenças. Lincoln, na sua adolescência, nas suas múltiplas actividades até se fizar como advogado, empreendera duas grandes viagens pelo Mississipi, conduzindo uma jangada, até justamente New Orleans e aí ter-se-á confrontado com o mercado de escravos.  O Grande Emancipador fora testemunha dessa realidade. 
Acabámos por concluir que a viagem de carro seria muito demorada (inicialmente achámos que não, mas os elementos que tínhamos eram em milhas, o que nos induziu em erro...); dados os preços muito acessíveis de avião no interior dos EUA, resolvemos fazer a ligação de avião com New Orleans, mas decidimos também que iríamos de combóio até Springfield (terra importantíssima na vida de Lincoln e onde abriu recentemente um museu sobre a sua vida) e que aí passaríamos a noite (lembro-me agora que calhou exactamente no dia em que João XXIII e João Paulo II foram canonizados) e, no dia seguinte, partiríamos para a cidade de St. Louis onde apanharíamos o avião para New Orleans. Com este plano, reduziríamos substancialmente o tempo em estrada, estendendo o tempo de permanência nas cidades: três dias em Chicago, um dia em Springfield e quatro em New Orleans.
Uns dias antes da viagem, na televisão dá um programa sobre a influência francesa em New Orleans (TV5). Interessantíssimo: deu para ver como era um pouco desta cidade, um caldo cultural muito rico. Numa livraria da minha rua em Lisboa dedicada a literatura de viagens ("Palavas de Viajante") compro dois livros, um sobre Chicago, outro sobre New Orleans.

Lincoln (mas também Mark Twain e Louis Armstrong)

Lincoln representa a imagem acabada do "american dream", ele que no pouquíssimo tempo que frequenta uma escola escreve no seu caderno:

"Abraham Lincoln

his hand and pen

He will be good

But God knows when."

Lincoln foi um verdadeiro "self made man", que se moldou a si próprio nas circunstâncias adversas da pobreza. Desenvolveu uma sabedoria prática, talvez como raros homens políticos, feito de graça campestre, tal qual poeta popular. Se hoje vivemos tempos de cepticismo, talvez mesmo só a  graça desarmante de um Lincoln e o humor cortante e inteligente de pessoas assim - ou aquela graça prosaica dos britânicos... Só mesmo o "wit" e o espírito de alguém que consiga "arrumar" os demagogos (há poucos dias vi alguém comentar na televisão que a grande diferença entre os ingleses e os alemães é o sentido de humor, que estes últimos não têm: Hitler nunca seria possível em Inglaterra, seria considerado ridículo!...)
Dizem que depois de Jesus Cristo, Lincoln é o homem sobre quem mais livros se escreveu. O livro "Moral Virtues of Lincoln" (William Lee Miller, First Vintage Books Edition, 2003), é um excelente estudo sobre como Lincoln cresce moralmente, assunto que me interessa bastante. O autor aponta algo interessante sobre a crença que então vivia a sociedade americana: ainda Nietzsche, Marx e Freud não tinham lançado os seus ataques à moral, ainda se vivia numa base de crença no ser humano e de destrinça entre o Bem e o Mal. Também se diga em abono da verdade que no seu tempo há um conjunto de circunstâncias que se juntam: um país que está a arrancar para industrialização, pojante e crente na sua capacidade, vasto e rico em matérias primas.
A vida de Abraham Lincoln tem-me inspirado bastante e, reflectindo sobre a sua vida, tenho aprendido a valorizar também a minha vida profissional como advogado. São dele inúmeras citações célebres e princípios de orientação para a profissão de advogado:

"A verdadeira norma que se deve seguir antes de adoptar ou rejeitar alguma coisa, não é se há nela algum mal, mas antes se contém mais maldade do que bondade. Há poucas coisas que sejam inteiramente más, ou inteiramente boas. Quase todas as coisas conhecidas... são um composto inseparável dos dois elementos; de modo que continuamente devemos exercer o nosso critério a respeito de qual dos dois é o que predomina".

Agostinho da Silva, apresenta uma biografia muito interessante e bem escrita de Lincoln (Biografias, Editora Âncora, 2003) de que, no que concerne à sua actividade como advogado, iniciada em Springfield, vale a pena reter o seguinte:

"... Logo de início afirmou o seu desejo de somente se encarregar das causas que lhe parecessem justas; algumas vezes abandonou a defesa dos seus clientes quando o advogado da parte contrária conseguia convencê-lo de que tinha razão; antes de tudo, embora com prejuízo dos seus honorários, aconselhava aos que o procuravam que buscassem uma solução pacífica; só em último caso se apresentava em tribunal. As defesas, cuidadosamente preparadas, com um estudo atento dos processos e a previsão minuciosa dos argumentos e dos efeitos oratórios, tinham um ar espontâneo, ingénuo, familiar, que prendia juízes e o júri, os fazia pender quase sempre para o lado de Lincoln...

...A sociedade com Herndon marcou a plena entrada de Lincoln nos negócios do foro; a clientela acorria agora em grande número; o escrúpulo e a habilidade de Lincoln davam-lhe fama de grande advogado; de todos os pontos do condado lhe enviavam consultas, o seu nome a pouco e pouco se espalhava pelo Illinóis. Quem o ia procurar ao escritório poucas vezes o encontrava a trabalhar à secretária; geralmente, estendia-se num canapé, com as pernas encolhidas, e ia lendo os documentos das questões; atirava para o chão o que lhe parecia inútil e só no fim da tarefa juntava os papéis num monte e os depositava em cima da mesa, com um letreiro: «se não encontrar noutro sítio, procure aqui»; o seu grande arquivo era o chapéu; as cartas a que tinha de responder, as contas, as certidões e os esboços de discursos, tudo se metia no chapéu. Mas à desordem externa contrapunha-se um sólido método interior, um domínio dos meios, que admirava os que o tratavam de perto".
Na preparação da "peregrinação lincolniana" aprofundei um pouco mais a questão do movimento muito conturbado que levou à Guerra da Sucessão Americana e à Emancipação: são equilíbrios que se desfazem, muito associados a diferenças económicas entre o Norte e o Sul da América. A questão é muito complexa, não é nada linear e Lincoln não foi um radical, um defensor de terminar, dum momento para o outro com aquilo que estava já tão enraizado nos estados do sul. A sociedade e a economia dependiam da mão-de-obra negra e acabar, de uma forma abrupta, com esse "status quo" seria perigoso. Sei que se começou a notar, pouco a pouco, de uma maneira crescente, uma clivagem grande entre os estados esclavagistas e os estados livres. As posições de uns e outros geraram debates e conflitos. No fundo, o que se passava nos EUA era algo absolutamente fracturante na sociedade.  A posição de Lincoln revela um pragmatismo interessante: mais uma ética da responsabilidade que uma ética da convicção (aliás, na sua vida política encontraremos muito esta lógica nele: por vezes é melhor votar em certo sentido, num sentido talvez menos bom, mas "mais possível" do que votar no que seria "ideal"). Um político astuto faz muito isso. A política é a arte do possível.

Penso que será importante ter bem presente esta história, nem que seja para evitar a repetição de erros históricos´, mesmo dentro da Europa, na relação Norte/Sul... - isto daria um bom ensaio, a comparação Norte/Sul América/Europa; a questão do euro não seria porventura uma questão a discutir neste âmbito?!

Por falar em Europa, e abrindo um pequeno parêntesis, Viriato Soromenho Marques assume-se, sem quaisquer vergonhas, como federalista. Admiro a sua coragem de ser um homem que rema um pouco solitariamente e acho que o faz convictamente, sem esperar aplausos, e sem vaidade - e ainda bem que assim é. Mas não concordo com ele nessa sua posição federalista.

As idiossincrasias entre a Europa e os Estados Unidos da América - que ele muitas vezes apresenta como modelo de federalismo para a Europa - são muito diferentes, sobretudo os tempos são diferentes e tenho pouca fé que hoje seja possível grandes mudanças históricas, mas posso estar redondamente enganado.

Ele diz que as realidades sócio-culturais eram muito diferentes entre os diferentes estados americanos. Que fossem, até concedo. Ora o que sucede é que quando se dá o momento definidor da perenidade da América, o Estado era recente, e vinha dum passado sob domínio da Inglaterra. Do ponto de vista político, não havia uma identidade, ela estava em construção. E essa perenidade só se consegue com a persistência dum caminho que já havia sido trilhado de oposição a uma potência europeia, que abusara do seu poder e de um ideário novo baseado na liberdade. É isso que faz a força da América, que confere legitimidade aos “Estados Unidos da América” e que dão justamente aquele orgulho dos americanos. É por isso que Lincoln é tão intransigente com a possibilidade da saída de algum/ns Estado/s: isso seria a dissolução dum contrato entre os Estados Unidos da América, que decidiram unir-se para, juntos, serem a terra da Liberdade. E em nome da força desse valor que é a Liberdade, dessa sociedade nova que os "Founding Fathers" construíram, não se admitem concessões de espécie alguma. O Paraíso já não será Paraíso se se quiserem fazer outras idéias de Paraíso. Isso já não seria o Paraíso, o Paraíso é único, e é feito tal como o seu Criador o fez, a sua idéia não pode admitir  subtracções. Isso seria uma petição de princípio.



Ora a construção das comunidades europeias, que é um salto civilizacional extraordinário, arrancou da existência de estados com identidades políticas fortes e de tradição de inimizade entre si. Portugal tem mais de 800 anos, a integração com Espanha sempre foi a maior ameaça da nossa história. Inglaterra e França andaram sempre "às turras". As duas guerras mundiais tiveram origem na Europa e tiveram que ver com a vontade de domínio da Alemanha. 
 
Uma federação dos estados europeus só se faria com a participação dos cidadãos. Todos nós gostamos de ser europeus, mas não temos propriamente orgulho nisso, não sentimos isso como uma camada identitária, pois não há uma ideia comum da Europa: ela fez-se contra a guerra, é certo, ela é a terra de quê, da cultura? Ela é a terra de quê, dos direitos do Homem? Há muitas coisas que se associam à Europa, não há um núcleo de idéias coerente, tal como existe na América, que tem uma ideia central, a Liberdade, a que está associada a uma narrativa - e que até tem um monumento, a Estátua da Liberdade. Na Europa não há uma só idéia e basta ver que a própria França do Iluminismo não escolheu uma só idéia, mas logo três: Igualdade, Liberdade e Fraternidade.

Mas voltando à viagem aos EUA, apresento ainda duas ideias força da mesma (em bom rigor duas personagens):
 

-  A primeira é Mark Twain, ou Sam Clemens (o seu verdadeiro nome), um dos maiores romancistas americanos, o inventor do célebre Tom Sawyer, figura indissociável do Mississipi, onde corria atrás do barco a vapor nos memoráveis desenhos animados da nossa infância! Há uns anos quando escrevi o meu livro uma "Educação com Sentido, uma Reflexão sobre a Escola, Hoje", lembrei-me desta personagem tão alegre e imaginativa como má aluna e indisciplinada. Mark Twain inspirou-se em si mesmo e na sua própria infância em Hannibal para a concepção de Tom Sawyer. Foi um homem extraordinário, um contador de histórias inesgotável. Fazia parte do meu projecto passar também por Hannibal. Acontece que pesquisando sobre Hannibal, já em  Chicago, conclui que pouco mais haveria a ver que a sua casa, e que não justificaria uma deslocação de Springfield até lá, mas Tom Sawyer e Mark Twain estiveram presentes na nossa viagem...
- A segunda, Louis Armstrong, o negro que com Mandela terá ido para o Panteão dos sorrisos, tocador e cantor de blues. Ele deu o tom musical à viagem que acabaria justamente em alegria em New Orleans, ao som de La Vie en Rose...

1.ª Etapa - Chicago

Chicago é a 3.ª metrópole dos EUA e é tida pela "cidade do vento" (devido aos ventos que o Lago Michigan origina e conhecida também por ser cidade de arranha-céus, dos primeiros arranha céus do mundo, que vão surgir muito por causa da inovação proporcionada na sequência do grande incêndio de 1871; a necessidade aguça o engenho", como aconteceu aliás em Lisboa no pós terramoto). Logo no primeiro dia, ao final do dia, subimos à Torre Sears (actualmente Willis Tower), que já foi o edifício mais alto do mundo. Impressionante e uma perspectiva global da cidade que nos permite dar uma boa orientação para a visita.

Chicago é estudada e visitada por estudantes de arquitectura por muitos dos seus edifícios, de nomes importantes e marcantes na história desta arte (como por exemplo de Frank Lloyd Wright, Frank Ghery, etc), pelo que pedi ao meu irmão Vasco algumas dicas, e, no aeroporto de Madrid (fizemos escala nesse aeroporto) comprei um livro sobre Frank Lloyd Wright que tem inumeríssimas obras espalhadas pela cidade e arredores.

No segundo dia passeámos livremente, gozando do Millennium Park (espantosos os efeitos de espelho da sua grande escultura) e da grande boulevard que se estende ao longo do Lago de Michigan (Michigan Avenue). Bonito edifício a Trump Tower. Para mim o melhor foi o excelente museu Chicago Art Institut com das melhores colecções de impressionismo do mundo: aí passámos uma tarde inteira; passaria uma tarde mais ainda se tivesse podido!

No dia seguinte saímos um pouco do centro e fomos até à Universidade de Chicago, feita com dinheiros de Rockfeller (35 milhões de dólares) à imitação das velhas universidades victorianas como Oxford. Interessante, mas não deixamos de sentir que aqui soa a imitação (algo a que justamente Frank Lloyd Wright se vem a opor, com a criação dum estilo mais autêntico). Esta Universidade de Chicago é a mais premiada em prémios Nobel de todos os EUA (especialmente nos campos da economia e da física).

2. ª Etapa - Springfield

Verdadeira pérola da nossa viagem - pelo menos para mim! Visitámos a casa de família de Lincoln, o que nos deu um primeiro "insight" sobre como vivia em família, com a sua mulher Mary Todd e os seus filhos; passei também pelo escritório dele com Herndon; mas o melhor foi no dia seguinte, de manhã, várias horas no museu inteiramente dedicado à sua vida e obra. Penso que só como os americanos sabem fazer: didático e interessante. Desde a sua "cabin log", até às suas primeiras aventuras pelo sul, passando pelo início da sua actividade como advogado e depois como político. Quem já passou pela Universal Studios em Orlando sabe como os americanos são extraordinários em utilizar as tecnologias para tornar os assuntos apelativos. O museu, inaugurado há não mais do que 5 anos, tem uma praça central por onde se vai entrando e saindo em sentido do relógio, passando pelas várias etapas da vida do Presidente. Fica-se com um retrato muito pessoal e intimista do mesmo. Seduz de alguma maneira esta forma directa e desintelectualizada de apresentar as pessoas. Quem alguma vez em Portugal foi ao Museu da Presidência?! Eu não fui, quer-me parecer que será um pouco maçudo, ou muito me enganarei...
3.ª Etapa - St. Louis

Depois de Springfield, apanhámos novamente o combóio para St. Louis onde iríamos passar apenas uma noite, para na madrugada seguinte seguir de avião para Nova Orleans.

Ao regressar da viagem à América escrevi "entre os escândalos do proprietário de uma equipa de basquetebol profissional, que diariamente era comentado em todos os noticiários, deu bem para pensar que ainda a questão racial é a grande questão que divide a América. Um país e várias raças, será ele possível? Esta América só é possível porque assenta em determinados valores que podem ser incorporados por todos. A Terra Prometida, que se oferece a todos como uma refeição pronta a servir. Desde que haja tenacidade e iniciativa. Chega a ser irritante".

Assiste-se por estes dias (estamos em Agosto) a um estado de emergência numa pequena cidade nos arredores de St. Louis devido à morte de um jovem negro de 18 anos por um polícia  branco (ter-lhe-á desferido 6 tiros); o Presidente Obama, o primeiro presidente negro foi obrigado a interromper as suas férias para falar sobre o assunto (na Casa Branca pronunciou-se sobre os eventos, dando uma tónica não demasiado dramática e sem nunca falar na questão racial, apelando aos valores que unem todos os americanos; mas todos sabemos que ela, a questão racial é a questão primordial). Realmente foi das coisas que mais notei foi a multirracialidade do povo americano e não se deixa de notar muitas assimetrias. Não estive em Ferguson - mas estive bastante perto, na cidade de St. Louis de que não gostei e que dava a sensação de ser uma cidade sem grande interesse, feia e com gente feia - onde 63% dos habitantes e apenas 3 dos 53 polícias da localidade são "afro-americanos". Em St. Louis 47% dos afro-americanos entre os 16 e 24 anos estão desempregados.
A América tem muita dificuldade em integrar todo este melting-pot. 


4.ª Etapa - Nova Orleans
Foi de longe mais agradável que Chicago. Primeiro pela temperatura: Chicago estava gelado; aqui o tempo era quente, veranil.

O melhor de tudo: o bairro francês (French Quarter), com a sua arquitectura tipo colonial com varandas em ferro forjado, com lojas, galerias e muitos músicos tocando pelas esquinas.

O  menos bom: a comida que nos diziam ser óptima, das melhores da América; continuava a ser também aqui comida "enfarda brutos", cheia de molhos e gordura... bem ao estilo "big size" americano!; o Jazz Fest, que era num sítio terrível, alcatroado, com uma quantidade de gigantescas tendas cheias de barulho (a música nas ruas era muito mais engraçada).

Nos 3 dias que estivemos em St. Louis fomos passeando pela cidade, fomos ainda dar um passeio de barco por uns "swamps" por meio de crocodilos.

No último dia entrei numa famosíssima loja de discos (Peach) e comprei um disco de Louis Armstrong, recordação de uma passagem pela sua cidade.




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