Liderança segundo Chris Lowney

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“A última coisa de que os Jesuítas se poderiam gabar seria do facto de se considerarem a si mesmos especialistas em Liderança”, afirma Lowney. Mas a verdade é que instituíram um estilo de liderança a favor de uma abordagem holística com enfoque em quatro pilares fundamentais: autoconhecimento, engenho, amor e heroísmo. Lowney explora estes quatros princípios em detalhe, ao mesmo tempo que os ilustra com algumas anedotas da história dos Jesuítas. Para o autor, a fórmula de sucesso utilizada pelos Jesuítas para atacar as oportunidades do mundo real com estratégias de liderança também da vida real pode ser aproveitada por gestores da actualidade para virem a ser líderes eficazes e “plenos”.
Os quatro pilares subjacentes ao sucesso da ordem religiosa podem ser definidos da seguida forma:
  • Autoconhecimento: capacidade de reflexão, compreender as nossas forças, fraquezas, valores e visão do mundo.
  • Engenho: capacidade de inovação e adaptação num mundo em constante mudança
  • Amor: incutir nos outros uma atitude positiva que liberte o seu potencial
  • Heroísmo: estimularmo-nos a nós mesmos e aos outros no sentido de lutarmos por ambições heróicas e por uma paixão pela excelência
Em resumo, os quatro pilares próprios da gestão jesuíta dizem respeito à esfera total do ser humano – vida pessoal e profissional – e estão profundamente enraizados na ideia de que todos nós somos líderes. No fundo, propõem uma forma de vida integrada, um “modo de proceder” como os Jesuítas lhe chamavam.

A rejeição do modelo de “controlo e comando” que se fundamenta numa pessoa só com excepcionais capacidades de liderança é substituído pela certeza de que as pessoas têm uma melhor performance em climas solidários. Loyola e os seus seguidores tentaram criar ambientes repletos de “mais amor do que medo”. Depositavam as suas esperanças nos talentos de toda a equipa, demonstrando que o sucesso imanava do compromisso de muitos e não dos esforços isolados de um só. E Lowney consegue demonstrar que os mesmos princípios que inspiraram os Jesuítas do século XVI podem, na actualidade, moldar os líderes dinâmicos do século XXI.




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