Pessoas que adoramos (diziam-nos que "adorar, só a Deus"...)
A luz entra pela janela, a música toca. No meu telefone vai-se trocando algumas mensagens com uma querida amiga, interessada num amigo. Tratou-me por "querido". As mulheres quando querem algo de nós tratam-nos por "querido".
Há que surfar a onda.
A música é boa, é muito boa: Smooth FM. E o copo de vinho branco está mesmo aqui ao lado.
Houve uma folha que caiu com o vento que entrou pela janela. Aliás, na verdade, caíram duas folhas e, precisamente no momento em que desabavam chamam-nos de "queridos", está tudo dito: querem algo de nós. Nós também precisamos das mulheres. O que seríamos nós sem elas? Este é um tráfico interessante e eu adoro mulheres. Mesmo. Por exemplo, adoro a minha afilhada. Mas não é a única que eu adoro.
Ontem houve uma festa. Houve uma menina que me evitou. Mulher de alguém que já não é meu amigo. Não sei porque me evitou. Terei sido eu a evitar a menina - e ela ficou sentida? As meninas são muito sensíveis. São mesmo. É o Pe. Mário que mo diz. Nós homens somos mais fáceis.
A propósito, tenho saudades do Pe. Mário. Tenho sim. Hoje também pensei no Zé, no Zé Sarmento de Matos. No meu amigo Zé. Eu gostava dele. Muito, ainda me lembro dele a sair de sua casa e a entrar no meu carro. Ele era uma pessoa boa e eu gostava de conversar com ele. Muito.
O Pe. Dâmaso era também uma pessoa fantástica. Mesmo fantástica! Eu gostava muito dele - adorava-o. Ele era adorável. "Cristo é fantástico!", dizia. Um dia fui à prisão de Belas falar com um preso, a pedido dele. Uma assistente social disse-me que os presos mentiam ao Pe. Dâmaso - ele era mesmo uma pessoa boa e os reclusos sabiam disso. Muito boa. Uma pessoa que eu adorava, repito. Pois ele era verdadeiramente adorável. Era.
Tenho pena que o Pe. Dâmaso tenha morrido. O mesmo com o Zé, com quem ia jantar ao "Outro Tempo" (por sinal, o "Outro Tempo" está muito pior. Coitados, eles estão velhos. No outro dia fui com a Catarina e achei que estava muito pior).
Este meu sofá é espectacular!
O Gonçalo C. de Sá é meu amigo. Gosto muito dele. Ontem ficou atrapalhado - deu um "lombada" na Francisca. Teve imensa piada! Aquilo fez "Paf!"; amigos, o que seríamos sem eles?
(Acabou de cair uma moldura com a minha avó lá em baixo). Ó pá. Minha querida avozinha!... O vento hoje chama-me para a verdade.
Eu adorava a minha avó. Era um amor a minha avó. Eu era louco pela minha avó. Querida avó. Espero que esteja no Céu. Claro que está. Eu adoro-a. Também adorava o meu querido avó Augusto.
Gosto de muitas coisas, mas adorava dar-lhe a mão querida avozinha. I ADORE YOU!!! I adore you Maria do Carmo!
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