What Makes us Strong

Ontem vi um documentário notável que está no Youtube intitulado "What Makes us Strong?", produzido pelo canal alemão DW, que à semelhança dum outro não mesmo notável ("How does touch affect our mental and physical health?") é profundamente fundamentado em estudos científicos que estão a ser desenvolvidos. Ora, neste documentário de ontem o que se questionava era essencialmente de que forma podemos ser resilientes, uma questão que importa a todas as pessoas, de todos os "walk of life". Irei voltar a ver este documentário, não muito longo (1 hora), porque terei ainda que integrar tanta informação. 

Uma das questão colocadas é, justamente, porque razão há pessoas que aguentam as situações de stress e o gerem de forma saudável, enquanto que, para outras, essas situações têm efeitos negativos na sua estrutura psicológica? Para responder, há respostas naturalmente no domínio da ciência, nomeadamente na forma como se produzem substâncias químicas no organismo, nomeadamente cortisona e como o cérebro regula a sua produção: acontece que há casos em que o cérebro percebe que já produziu substâncias suficientes para fazer face ao stress, mas há pessoas que continuam a libertar essas substâncias, além do episódio que as levou a produzi-las e isso prolonga a sensação de mal-estar. É preciso ainda dizer que há explicações genéticas, que poderão também justificar uma maior propensão para estados diria "mais críticos", além de factores ambientais, dos quais por exemplo um dos mais determinantes é a relação com a mãe, mesmo a relação intra-uterina.

Uma dos dados mais importantes e que achei interessante é que está provado que a psicoterapia tem efeitos muito positivos na regulação química do próprio organismo, isto é, o trabalho desenvolvido em psicoterapia, se bem feito, potencia as pessoas a aprenderem a viver melhor as situações que lhes provocam ansiedade/medo/tristeza, etc e traduz-se num reequilibrar geral da pessoa. O cérebro aprende e passa a perceber as situações de outra maneira, a pessoa torna-se mais resiliente.

O documentário apresenta várias pessoas. Desde uns pais que perderam filhos, vítimas de assassinato e como é que eles estão a tentar reaprender a viver com a perda terrível que tiveram, ou o caso dum psiquiatra, ele próprio um exemplo dos mais notáveis que pode haver de resiliência: órfão de pais que foram para Auschwitz e que cresceu completamente entregue a si próprio, descobriu que a missão da sua vida era dedicar-se à RESILIÊNCIA, tendo sido convidado por Emanuel Macron para estar à frente dum projecto que se dedica aos primeiros 1000 dias de vida dos cidadãos!

Para demonstrar o quanto foi interessante este documentário, posso dizer que cheguei triste a casa e que depois de ver o documentário fiquei bastante motivado... não há a menor dúvida que podemos mudar os nossos estados anímicos e que a resiliência é como um músculo que precisa de ser exercitado!



 


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