Nos últimos tempos - a bom dizer, numa década que ainda parece, segundo os matemáticos, não ter findado - são muitos os que falam em crise. No outro dia comentava com um amigo meu sobre Medina Carreira, aquele que acho ser o "Apóstolo do Apocalipse" e dizia-lhe que não o leio, não gosto de quem procura o lado negro lunar. Pode ter razão, mas para quê o ler?! Para cavar mais fundo os motivos de desesperança?! Não me considero avestruz que enterra cabeça na areia para se abstrair da realidade e fingir que tudo está bem, mas a verdade é que deixei de ver televisão e ler jornais portugueses. De todos, vou passando os olhos às vezes pelo Público, e entusiasma-me a qualidade do i, jornal desempoeirado, interessante e variado. Indigna-me a mediocridade de muito do que nos rodeia, o diz-que-disse, o escândalo de Sá-Pinto vs. Liedson. Quase que me apetecia que Portugal não tivesse sido apurado para o Mundial de Futebol. Não posso com a gente do futebol, não posso com um País que, rid...