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A mostrar mensagens de 2014

Guimarães, Heritage Talks

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Guimarães, a "cidade-berço" da Nação! Fim-de-semana aqui por cima (escrevo ainda por cá), tempo para organizar ideias, trabalhar e descansar (cada vez tenho menos tempo, Tolentino de Mendonça diz que a nossa sociedade é a sociedade do cansaço... o meu tempo está sempre medido aos minutos...). Organizar ideias: já sei como será o modelo de venda do projecto Tivoli! A vinda cá acima para falar nas "Heritage Talks" premiou  isso mesmo! Trabalhar: 6.ª à tarde e Sábado de manhã na preparação dum Power-Point. Ficou aceitável, mas hoje em dia há quem faça excelentes apresentações em Power-Point (poderia talvez aprender a fazer melhores apresentações...) e as duas outras comunicações primavam por isso mesmo; hoje de manhã trabalhei novamente: Creixomil: cerca de 1 hora e trinta minutos a preparar coisas. Descansar: ontem à tarde, hoje à tarde (principalmente hoje à tarde, em que, depois duma noite mais ou menos retemperadora, tive um almoço muito simpático em cas

Bom jornalismo

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É um privilégio contarmos com um jornalismo tão bom, sério e interessante como o da BBC. Ontem "apanhei" já no final, o "Hardtalk", tendo como entrevistado Francis Fukuyama, e o pouco que vi valeu a pena. Mas depois, o noticiário que se seguiu, foi verdadeiramente excelente: na escolha da relevância dos assuntos a tratar, até à forma de os tratar. A bonita e inteligente Kathy Kay frente ao edifício das NU em Nova York estava como pivot e parte, extensa, do bloco noticioso foi sobre a presença de Obama na organização internacional. Não era para menos, dado o peso do assunto que está na ordem do dia da organização extremista islâmica que tem tomado conta de parte da Síria e do Iraque; ora, penso não estar a dizer nenhuma asneira, pois conseguiu-se uma unanimidade do Conselho de Segurança para intervir. O presidente americano fez um discurso contundente na Assembleia Geral e foi possível garantir o apoio de muitas nações árabes. Um jornalismo em cima do acontecimen

Utopia e Fidelidade

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Enquanto passeava na Serra de Sintra pensei o que era para mim, em novo, a verdadeira utopia. Eu e o meu primo Nuno Moser tínhamos um sonho: era o de nos tornarmos nos senhores de Sintra e de exercermos o domínio sobre a Serra, regulando as entradas, se necessário fosse, com uma portagem bem cara! Sintra uma espécie de San Marino ou Lichenstein! Uma utopia infantil, certamente, mas não deixava de ser uma utopia. Não o digo com pretensão, mas acho os sintrenses gente muito especial. Talvez mais reservados que o comum dos portugueses, com uma maior interioridade. Escrevi, certo dia, que a Serra de Sintra me deu uma certa melancolia, penso que é verdade. Passeando pela Serra ou pela Vila todos os rostos se transformam, ninguém é igual na cidade, ou em Sintra. Há um quê que se transforma. Quando algo é bonito, Sintra torna ainda mais bonito. Talvez o mesmo aconteça em sítios muito bonitos como em Itália, em algumas das suas cidades ou no campo. Tudo isto vinha a propós

Adriano Moreira

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Adriano Moreira pertence a um raro número de pessoas que nos ensina sempre que fala. É uma pessoa que se dedicou, desde cedo, a estudar os assuntos com seriedade e profundidade e que se guia por valores humanistas. Admiro-o muito. A sua voz é uma voz avisada, lúcida, muitas vezes até profética (creio que ele, que tanto se dedicou a estudar os assuntos, chegou a uma sabedoria que faz com que ele não apenas fale sobre o Passado como antecipe o Futuro, o que faz dele um profeta). Foi um homem que traçou o seu próprio rumo, com esforço, com tenacidade, com coragem. Penso que ele é um homem que conseguiu abarcar tanto porque sempre exerceu uma enorme capacidade de se interrogar sobre o mundo e de criar diálogo.

Jantar com José Sarmento Matos e outras coisas

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Jantar ontem com José Sarmento Matos. Que cultura extraordinária, uma conversa que irremediavelmente passa pela história de Portugal e da Europa, que nos remete para as camadas de que se faz o nosso País e a nossa identidade. Sempre presente a enorme riqueza do nosso património. Disse-lhe que toda a nossa história é um património imenso. Ele responde-me, que o nosso património é a nossa "conversa". E é-o de facto. Tudo o que não é vivido morre. Gosto por ter amigos de várias idades, companheiros de estrada. Falámos de política, de António Costa, do facto de ser português ser uma "confluência". "Onde seria possível que um indiano concorresse a 1.º Ministro se não em Portugal? Só mesmo em Portugal - possivelmente também em Inglaterra". "Somos do que há de melhorzinho na Europa, somos os comunicadores por excelência". "Podemos ser a periferia geográfica da Europa, mas somos o centro do Atlântico". E muitas mais lições sobre histór

Mudaram-se os tempos

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A minha geração nasceu depois do 25 de Abril, é uma geração pós " Ancién Régime", nascida com a democratização e com a massificação que a ela está associada. Pertenço a uma família que era dita " privilegiada ", que viveu até perto dos anos 70 com foros de propriedade, cujas benesses se estendiam de forma que abrangia um número elevado de pessoas, que se uniam por laços de parentesco. Havia uma generosidade familiar e uma comunhão alargada de afectos, que se unia à volta de casas e quintas, com grande respeito por precedências. Os mais jovens viviam uma vida animada, despreocupada, feita de veraneios extensos em quintas em Sintra, de amizades em escolas ditas " normais " como o Liceu Pedro Nunes e de solidariedades em clubes de rugby (como o CDUL). " O menino é filho de quem ?", ouvia-se. Era-se sempre filho de " alguém ". Ouso até dizer que havia normalmente uma complacência para as diatribes e asneiras dos da classe... O 25 de

EUA (Abril e Maio de 2014, crónica atrasada pelo olhar de hoje)

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Prometi ao Bruno Melo e Maia que escreveria alguma coisa sobre a minha ida aos EUA, no passado mês de Abril/Maio.  Génese duma viagem Neste ano de 2014, o 25 de Abril calhou numa 6.ª feira; na semana seguinte, o 1 de Maio, numa 5.ª feira, que se poderia assim estender para uma ponte: dois feriados em cima de fins-de-semana, oportunidade de excepção para umas férias, que aproveitei para viajar para os EUA, num total de 10 dias.  Contarei de seguida como nasceu esta viagem. A verdade é que, desde há muito, que exerce um fascínio sobre mim a personalidade de Abraham Lincoln e, depois de muito ler sobre ele, quis tomar "contacto" mais próximo com a sua vida. Tendo uma amiga normalmente disponível para viajar (o que é uma sorte para os seus amigos que gostam de viajar), desafiei-a para ir a Chicago, e a partilhar comigo a experiência - iremos ver como se cruza Chicago com Abraham Lincoln... A idéia, que me ocorrera depois de encontrar um antigo número da National Geog

Un affaire d´amour

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O meu amor por França começou há quase uns bons 20 anos. Por hábito e contando com o apoio generoso dos meus pais desde que tinha 15 anos e até ao 1.º ano da faculdade, que durante as férias passava um mês num país estrangeiro a aprender a língua desse país. Depois de ter estado uma vez na Irlanda e duas em Inglaterra, no ano em que entrei para a faculdade fui para Tours (Tourraine), a capital do Vale do Loire. Era eu e o António Lopes Cardoso. A descoberta dos Chateaux do Loire foi uma verdadeira maravilha: Chenonceaux, Amboise, Azais-le-Rideau, Villandry, etc. Devo dizer que a minha vontade de aprender a falar francês partiu duma visita que fiz a casa da Marquesa de Cadaval, suponho que numa ceia de Natal e em que muito dos convidados falavam francês. A partir desse momento achei que para ser uma pessoa culta era preciso falar francês... Contudo, a entrada na Universidade esfreou o meu interesse em aprofundar o meu francês, o que só mais tarde voltou a ocorrer.  E julgo qu

Aung San Suu Kyi e Sérgio Vieira de Melo, duas leituras

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Tenho estado a ler uma grande entrevista, sobre a forma de livro, a esta lindíssima mulher birmanesa (Aung San Suu Kyi). Pouco sabia sobre ela, mas, no outro dia, deparei-me com este livro na FNAC e não resisti. É uma conversa duma mulher muito inteligente, equilibrada, sensata e corajosa que empreendeu um combate duríssimo contra um regime repressivo. Ela é duma dignidade e duma elevação que são inspiradores: nunca profere ataques pessoais, não tira conclusões apressadas, reflecte sobre os assuntos de forma desapaixonada e aborda os problemas duma maneira objectiva, que se diria quase até "fria". Parece-me que é a forma profunda de ser de alguém que tem uma espiritualidade forte e que é uma pessoa emocionalmente resolvida e madura. A sua luta é um combate que apela à consciência recta e à forma de fazer valer as suas posições de maneira honesta. É um Satyagraha tipo Gandhi. Uns dias antes estive de volta dum outro livro que reconta a vida de Sérgio Vieira de Melo. H

Humildade vem de "humus"

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  Se coisa há que podemos aprender com mais uma história em que de bestial se passa a besta - e neste caso falo justamente do BES... - é que por, mais rico e poderoso, não há ninguém neste mundo que seja invunerável e infalível. Podem as capas das revistas coroar êxitos e destacar méritos, podem as vozes calar-se perante o prestígio, mas justamente quando pensamos que aquela pessoa é um/a "afortunado/a" - seja por mérito próprio, seja pelas sortes que lhe calharam - não há passarelas vermelhas para sempre.  Lembro-me de Aznar e do seu sucesso, até que o mesmo o terá de certa forma cegado. Quando muito alto se chega, há quem diga que se perde a noção das coisas. Eu sempre achei que o muito dinheiro realmente não ajuda muito, distorce até as coisas, sobretudo que tenhamos consciência das nossas limitações. É esse exercício que por certo é difícil de se fazer: aceitar que se pode perder, que amanhã podemos estar pior do que hoje, não sair sempre por cima. Por iss

Celebração do Gesto

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No outro dia em casa dos meus tios Thomaz e Maria José conversava com um tipo muito engraçado que é escultor e se chama Luís Valadares. É uma pessoa criativa, excêntrica, que contou uma série de anedotas. Uma personalidade de artista. Falámos sobre Rodin e sobre o museu em Paris de que gosto muito, no 6 ème.  Contava ele que certo dia lhe terá sido atribuído um lugar dentro dum edifício para desenvolver uma obra e que no mesmo edifício - que se bem me recordo seria em Montemor - havia outros artistas a trabalhar. Um deles seria João Pedro Croft, escultor de obras abstractas e muito conceituado no meio. Ora bem, parece que ao realizar a obra o Luís Valadares entrou numa casa de banho onde estava material  dentro duma banheira - seria gesso? - e pretendia pegar numa dessas massas de material para utilizar na sua obra, quando subitamente é surpreendido por uma rapariga muito nervosa que lhe diz para ele não pegar nessas massas de gesso, em forma quadrada, pois isso tratava-se da últi

Paichão

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Seguindo na estrada com andar constante, com a cabeça entre os ombros e o olhar em frente, concentrado no coração como quem reza uma prece... mas os passos ainda nesta estrada, há muito começada. Esta é a vida, a minha vida, nada nem ninguém me demovem de a viver, de a percorrer, num suceder de imagens que a calma interior faz com que nela habite o projecto e a entrega, o interesse em fazer dela um belo pacote de riquezas, de tesoiros. Pois tudo não são senão paixões e convicções. Jamais o desânimo. Falta a coragem de enfrentar os dias com o peito aberto? Pomos o olhar no chão da estrada que pisamos?  Há tempo para tudo e entre o coração que sente e a cabeça que pensa, façamos as nossas escolhas. E levantemos logo logo o olhar em frente, se por acaso, por momentos ele se pousou no chão. 

Nobreza de Espírito

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Há poucos dias voltei-me a encontrar com a Sandrine de Monsabert. Foi minha colega em Paris, no Institut Pédagogique de Paris. Gostei de estar com ela.  Nota-se que o tempo tem sido um pouco duro com ela. Disse-me que está há cerca de 2 anos desempregada - na conversa às tantas disse-me que as Ciências da Educação não pagam - e lembro-me que ela tinha um marido um pouco frágil, muito afectado por um sentimento de se sentir dominado por ela... ela é que é o braço armado daquela família, a força motriz. Na verdade, sente-se a falar com ela que ela de feminino pouco tem mais: já foi uma mulher bonita, afirmativa e decidida e isso deve ter tido o seu encanto. Mas hoje, envelhecida pelo cansaço e engordada pela azáfama dos dias e pelo descuido de si própria, mais parece uma parideira, que deu ao mundo 5 filhos. Da mais velha ao mais novo, filhos educados com valores e sem luxos. É assim a Sandrine, uma lutadora por causas, empenhada, mas também só. Fomos almoçar a uma esplanada em B

Portrait of a Lady

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Came from reading the extensive book by Henry James "Portrait of a Lady". Not entirely read, I must tell, nonetheless about 500 hundreds pages were gone between two big plane ocean-cross trips connecting the USA and Europe. In an outmost well written way, James places us in the midst of a scenario evolving Isabel Archer, an american young adult that comes to Europe with her aunt for broading her life-scope. Immediately after arriving men fell at her door, proposing to her. She refuses firmly all attemps, scared that her freedom could be menaced by a marital bond. She aspires to travel and discover Europe and makes an attachement to a girl friend who also has this willing to be as independent as possible, an american journalist very  critical to the burgoisie and to the status quo. I enjoyed the inteligent characters this book collects, their conversations. The plot is interesting and  divided manly in England and Italy. Isabel is a sharp and independent spirit, but wil

In the States

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Dez dias nas terras de Tio Sam.  Entre os escândalos do proprietário de uma equipa de basquetebol profissional, que diariamente era comentado em todos os noticiários, deu bem para pensar que ainda a questão racial é a grande questão que divide a América. Um país e varias raças, será ele possível? Esta América só é possível porque assenta em determinados valores que podem ser incorporados por todos. A Terra Prometida, que se oferece a todos como uma refeição pronta a servir. Desde que haja tenacidade e iniciativa. Chega a ser irritante. Fez-me aflição o desperdício, a falta de contenção. Aqui tudo é extra-size: desde a gordura dos transeuntes, passando pela cilindrada dos automóveis, e acabando obviamente na quantidade de calorias posta em qualquer refeição. Sempre de copo na mão, o americano não sabe mesmo o que é  a contenção. Em cada bar vêem-se pelo menos 5 televisões. Nos ginásios de todos os hotéis, outras 5 televisões. O que e mesmo surpreendente é a simpatia do povo e o es

Javier dos vinhos Osborne

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Javier Ortilla nascera rodeado de fanáticos pelo mundo dos touros. Amigos de sempre da família, os Domecq, de Jerez de La Frontera, eram talvez os mais conhecidos representantes desta cultura toda ela virada para o amor ao campo. Católicos vibrantes e afirmativos, reconheciam-se nessa vida apaixonada que não escondia nunca nem Deus, nem os valores cristãos, pelos respeitos deste mundo, e ainda via na sociabilidade uma fonte de salutar convivência e de alegres dias e ... noites! Nunca tendo sido um aluno brilhante, Javier era sobretudo um galante. Tinha sido sempre pelo seu charme que conseguira vingar na vida. Quando acabara os estudos em Gestão na Universidade de Sevilha, entrara como comercial na Osborne, empresa do Cherry ou Xerez, dependendo de ser um inglês ou um espanhol a falar. Com a facilidade que tinha em fazer novos amigos e em estabelecer bons contacto, subira rapidamente na empresa e tornara-se o seu Director Comercial. A Osborne era uma empresa familiar dominada pela

Miguel do Comité das Regioes

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Parecia-lhe um pouco grosseiro aquele americano. Grande e desajeitado, com piadas vulgares, na verdade a falta de maneiras nele em nada o surpreendia, manifestação dessa enorme classe média que faz a América ser América. Mas o que ele tinha de grosseiro tinha também ele de simpático, e não podia deixar de o considerar como parente próximo. Maud estava na Alemanha. Já não se viam há mais de 2 semanas. Quando estiveram pela ultima vez, esquiando em Leogang na Áustria, ficaram naquele pequeno hotel, muito apetecivel, todo de madeira e onde serviam um pequeno-almoço com pão quente. Não dispensava também aquele apfel strudel com baunilha ao almoço, depois duma manhã tranquila pelas pistas. O que tanto apreciava em Maud era a sua forma de estar tão discreta e, ao mesmo tempo, tão atenta: os últimos tempos tinham sido tempos interessantes e havia muito para comentar. A Rússia e Putin, com a sua vontade de alargar de novo a sua esfera de poder, invadindo a Crimeia e pondo de alerta todo o

De volta à escrita

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Encontrei-me esta semana com duas pessoas muito diferentes, na mesma ocasião: José Sarmento Matos e Anthony  Stilwell. Havia convidado José Sarmento Matos para jantar no Parlatório, perto de minha casa. Quando lá cheguei ele estava sentado à mesa e oiço uma voz chamar "Duarte! Duarte!". Tratava-se de Anthony Stilwell, que faz do Parlatório a sua cantina (há tempos, em Outubro ou Novembro de 2013, cruzámo-nos pelo Facebook e, eu que nunca o conhecera, fiquei a saber que ele era um dos maiores amigos dos meus tios Duarte e Nuno). Gostei muito de jantar com José Sarmento Matos. Falámos sobre a cidade de Lisboa: ele é um Olisopógrafo de renome. No seu livro "A Invenção de Lisboa" debruça-se sobre o espírito desta cidade.  Acompanhados pelo vinho da casa (da minha casa, o "Lima Mayer"), descorremos um pouco aleatoriamente por vários assuntos da História de Portugal, entre os quais a génese desta cidade de Lisboa e deste povo, o Português. A propósito de Ja

Debaixo da tua sombra

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Passeava sorumbático, mas dentro dele uma mente forte registava os factos e pensava com grande poder de síntese. Um jurista notável que empregava aos problemas que lhe eram colocados uma solidez que surpreendia quem o via trapalhão, usando calças que lhe davam pelos tornozelos e casacos coçados. Para mim sobretudo a sua autenticidade, a sua graça, a sua simpatia e a sua simplicidade. Era sobretudo pelo que era como pessoa que ele se distinguia. Acreditava em si, era um homem confiante. Contava histórias e ria. Como se fez um homem assim, against all odds ? Gosto muito dele, não o conheci. Viveu há mais de 100 anos. Tenho estado a estudar como se iniciou o seu combate contra a escravatura. A questão é muito complexa, não é nada linear: ele não foi nada um radical, um defensor de terminar, dum momento para o outro, com aquilo que estava já tão enraizado nos estados do sul. A sociedade e a economia dependiam da mão-de-obra negra e acabar, de uma forma abrupta, com esse status quo s

Crónica do tempo que passa

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Faz um tempo frio e o vento e a chuva este ano não nos têm dado tréguas. Morreu Chávez, talvez nem tanto afastado dum nosso Marinho e Pinto. Hoje é 9 de Março, o meu Avô Augusto fazia anos ontem, a minha Mãe fez antes de ontem e o meu Avô faria antes de anteontem: a minha Mãe "ensandwichada" entre Pai e Sogro. Olhando para tudo com olhar de criança, com se tudo fosse criança, os factos duma semana: - Isaltino, menino traquinas, parece que fugiu para Moçambique; - Nuno Moreira, um primo a jantar em casa; tenho que arranjar pratos para os convidados...; - Catarina, boa discussão sobre os sacramentos - Deus o Sol, a Igreja a Lua; - Helena, Léa, Bernardo e Ana, boa equipa de trabalho; - Jantar com a Avó Mi, que querida e que bem que está!; - Tivoli e WLG, a máquina a mexer!