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A mostrar mensagens de 2008

Comunicado do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa - 2004

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Com toda a actualidade 4 anos depois: ... "No nosso estádio de desenvolvimento, as limitações económico-financeiras globais ainda são determinantes para a condição de injustiça em que vive uma boa parte da população. No entanto, tem-se ultimamente tornado evidente que antes dos obstáculos a um maior sucesso económico da nossa sociedade, condição para uma maior justiça social, dependem directamente de hábitos culturais e sociais de carácter individualista e egoísta que, além de pouco honestos, são duplamente injustos: não só excluem à partida os mais desprotegidos que, por serem por definição excluídos, não podem lançar mão dos mesmos expedientes, como, ao diminuírem e desviarem o que devia enriquecer o bem comum, prejudicam quem mais dependente está do apoio da sociedade. Incluem-se aqui comportamentos e práticas como: a falta duma ética e exigência no trabalho (com a consequente baixa de produtividade), a desonestidade fiscal generalizada tida como norma

Marcos da História de Portugal

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MUITOS POVOS Há traços de ocupação humana muito antiga em Portugal (p. ex. no Alentejo, o megalitismo de Almendres com os seus cromoleques; ou as pinturas rupestres no Escoural, também no Alentejo, ou as de Foz Côa, no Douro). De acordo com investigações recentes, desde a 2.ª metade do II milénio a.C. há invasões sucessivas de povos de língua indo-europeia; estabeleceram-se mais tarde também povos do Mediterrâneo Oriental. No I milénio a.C. uma população da Anatólia aqui se instala e, no mesmo período, os celtas, trácios e outros povos. Ao contrário de certas ideias largamente disseminadas, não está comprovada a permanência no nosso território actual de certos povos como os gregos, os fenícios e os cartagineses. Aqueles que mais atenções requerem são os romanos que permaneceram em Portugal por mais de 500 anos. Todo o Mediterrâneo chegou a estar a ele submetida e, no período de sua maior extensão, chegou-se à Grã-Bretanha e à Alemanha, assim como ao Mar Negro. A importância da

As Três Partes da Moral *

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" ... Now let us go a step further. There are two ways in which the human machine goes wrong. One is when human individuals drift apart from one another, or else collide with one another and do one another damage, by cheating or bullying. The other is when things go wrong inside the individual - when the different parts of him (his different faculties and desires and so on) either drift apart or interfere with one another. You can get the idea plain if you think of us as a fleet of ships sailing information. The voyage will be a success only, in the first place, if the ships do not collide and get in one another's way; and, secondly, if each ship is seaworthy and has her engines in good order. As a matter of fact, you cannot have either of these two things without the other. If the ships keep on having collisions they will not remain seaworthy very long. On the other hand, if their steering gears are out of order they wil

"O Fundamento da Moral e a Nova Encíclica" *

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... A especificidade filosófica da moral consiste em situar-se ao nível do fundamento prescritivo da moral: qual é o sentido da norma moral, do dever moral? ... Paul Ricoeur - a articulação da universalidade da lei e da particularidade da acção concreta é tarefa da sabedoria prática... ... O problema ético apresenta-se como o da hierarquização dos fins... ... As finalidades encaixam-se como bonecas russas, de tal modo que são as finalidades mais envolventes que fornecem o sentido ético primordial. É ético todo o agir que realiza o eu na linha das suas possibilidades mais autênticas... ... Tu - não faças ao outro o que não gostarias que ele te fizesse. Acrescenta-se portanto uma nova versão do imperativo ético: a tarefa de realização do eu não pode efectuar-se com prejuízo do outro... ... O terceiro momento da fundamentação ética alarga as perspectivas dos dois primeiros para incorporar a presença de todos os "outros" que nunca poderemos conhecer ou com os quais nu

Os Novos Povos

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O Reino de Portugal tem a sua origem remota nas lutas da reconquista cristã do sul da Europa. Os inimigos de vários séculos são os povos islâmicos, e é na obediência ao Papado, como reino cristão, que Portugal se constitui. Assegurada a paz com Castela, o movimento dos Descobrimentos no séc. XV, de que Portugal é o pioneiro, vai acusar esta génese – é o espírito de cruzada contra os infiéis. Estes hão-de continuar a ser os antagonistas, a representar o perigo. O grande impulsionador deste movimento dos Descobrimentos, e o seu responsável até 1460, é o Infante D. Henrique, um príncipe cristão devoto. Sob a sua égide, novas terras do Atlântico e da África Ocidental vão ser descobertas e indo-se pela primeira vez ao encontro de povos negros já não islâmicos. Será que se dilui essa atitude de hostilidade ? De guerra ? - não estamos já frente ao inimigo tradicional que eram os « infiéis »… Antes de mais, a antropologia da época - ainda não capaz de absorver as novas situações -, nem se

Open eyes

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