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A mostrar mensagens de outubro, 2018

Fazer-se advogado

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Não nascemos advogados. Tornamo-nos já depois de uma já relevante caminhada.  A nossa vida faz-se de muitos fios que vamos entrelaçando uns nos outros ao longo do tempo. Embora possamos dizer que o que fazemos como profissão seja um elemento essencial da nossa identidade, é bom que não nos prendamos a uma imagem fixa, imóvel da mesma e que a mesma não seja um paliativo para uma personalidade fraca, incompleta. Diz-nos Anselm Grun (o Desafio Espiritual da Meia-Idade: "a reacção frequente, como defesa em relação à insegurança, consiste em apegar-se com força e sem humor à sua própria pessoa e identidade, à profissão, às ocupações ou a um determinado "título". Jung crê que essa identificação com a profissão ou com o título tem «algo de sedutor e, por isso, tantos homens se resumem apenas e só à dignidade que a sociedade lhes concedeu. Seria inútil procurar neles uma personalidade por trás da casca.  Atrás das grandes aparências representativas, não são mais que um in

Manifesto anti-informática

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Não gosto nada de informática e fico revoltado quando a máquina não faz o que quero! Eu sou das humanidades, do contacto directo, não mediado pela máquina. Sobretudo quando a máquina não funciona! A internet que tenho (o wifi, ou como isso se chama) não presta e estive quase 30 minutos à espera antes de poder começar a escrever este texto. Mas já agora aproveito para dizer mesmo que não gosto de máquinas e que tenho quase raiva a quem gosta destas coisas. Quando trabalhei num escritório com mais pessoas, havia o chamado "grupo dos gadjets" e eles volta e meia levavam-me com eles para, imaginem, o Colombo! Iam almoçar e depois enfiavam-se na FNAC e na Worten. Que horror, ir à FNAC para ver computadores! (Eu só ía porque apesar de tudo adoro livrarias, e a FNAC é uma livraria). Eu não gosto de computadores! Não gosto de máquinas! Tenho horror a aparelhos. Tenho horror sobretudo quando avariam.  Eu sou das humanidades. Eu sou um velho. As pessoas  devem-me achar um v