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A mostrar mensagens de janeiro, 2010

Esperança

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Quando muitos falam de crise, ousemos ser luz. Muito mais fácil é dizer que estão mal as coisas. Que as coisas são difíceis. O difícil é ver nas dificuldades oportunidades. É ver que há soluções, que nada está perdido. Que podemos iluminar. Ousemos ser contra-corrente. Talvez possamos fazer pouco, mas o pouco que fazemos já vale a pena. O nosso pequeno fósforo não servirá para iluminar a escuridão, mas já ilumina alguma coisa.

O circo está a arder

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Nos últimos tempos - a bom dizer, numa década que ainda parece, segundo os matemáticos, não ter findado - são muitos os que falam em crise. No outro dia comentava com um amigo meu sobre Medina Carreira, aquele que acho ser o "Apóstolo do Apocalipse" e dizia-lhe que não o leio, não gosto de quem procura o lado negro lunar. Pode ter razão, mas para quê o ler?! Para cavar mais fundo os motivos de desesperança?! Não me considero avestruz que enterra cabeça na areia para se abstrair da realidade e fingir que tudo está bem, mas a verdade é que deixei de ver televisão e ler jornais portugueses. De todos, vou passando os olhos às vezes pelo Público, e entusiasma-me a qualidade do i, jornal desempoeirado, interessante e variado. Indigna-me a mediocridade de muito do que nos rodeia, o diz-que-disse, o escândalo de Sá-Pinto vs. Liedson. Quase que me apetecia que Portugal não tivesse sido apurado para o Mundial de Futebol. Não posso com a gente do futebol, não posso com um País que, rid

Exortação aos alunos do 11.º e 12.º do Colégio Planalto

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Ontem estive, a convite do Prof. António José Silva Marques, no Colégio Planalto. Tinha-me ele pedido que falasse um bocadinho da minha experiência e que deixasse algumas palavras aos alunos do 11.º e 12.º. Acho que a iniciativa tem todo o mérito: trazer pessoas mais velhas que podem, de alguma maneira, num clima de troca, criar pontes com uma geração mais nova. E que podem ajudar a amadurecer ideias. Comecei por dizer isso mesmo àqueles cerca de 30/40 alunos. Um dia perguntaram a um Professor de Oxford o que fazia daquela instituição uma instituição tão bem sucedida. Ele respondeu que era fácil: "andamos há mais de 1.000 anos a conversar". Queria ter começado por dizer que, com a idade que eles têm, não devem perder uma coisa: que é a capacidade de acreditarem. É muito próprio do processo de envelhecimento - não digo crescimento - deixar-se de acreditar, achar que não é possível, que é muito difícil. Enfim, acabar por ser um "Vencido da Vida" e não um "

Carta de Portugal a um Adolescente

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Car/o/a amigo/a, Julgo que nunca recebeste uma carta minha e por isso vou apresentar-me: - O meu nome é Portugal e tenho cerca de 850 anos de vida. Podes estranhar tão provecta idade, pouco vulgar nas pessoas - talvez possível noutros seres como na "Guerra das Estrelas" com o Yoda - mas eu sou um país... Tu tens quantos? Ora bem... deixa-me contar-te uma estória... As navegações que aí por volta dos meus 300 anos começaram a levar-me mais para longe, permitiram-me ir saindo da Europa e conduzir-me por esse mundo fora. Ora, tal como tu estás agora a abrir-te ao mundo, também eu há cerca de 500 anos quis-me abrir ao mundo. E acredita que quando te falo, falo de experiência feita, pois e, perdoa-me a imodéstia, fui eu que, ao abrir-me ao mundo, abri o mundo. Segue-me então: Até há pouco tempo julgo que andavas a navegar inteiramente à vista dos teus pais. Não é verdade? Comigo também assim acontecia nesses primeiros tempos: embarcações pequenas e com pouca autonomia