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A mostrar mensagens de janeiro, 2024

Um fim-de-semana preenchido

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Tive um fim-de-semana muito preenchido, no Sábado preenchido por leituras, no Domingo de encontros. Sábado rumei à colina de Lisboa de que mais gosto, a colina de S. Vicente e visitei o Mosteiro, jóia das mais esplendorosas, por certo também das menos referenciadas. Levava comigo uma leitura dum cultor das palavras e das letras, de seu nome António Mega Ferreira - os itinerários de Santo António de Lisboa e de Pádua. No pátio de entrada banhei-me com um sol primaveril enquanto lia Mega Ferreira relatar a vida movimentada de Santo António, numa prosa cuidada e culta, depois percorri os corredores e os claustros, para, no final, banhar o olhar nas vistas de Lisboa. No Domingo, acordei cedo e às 8h o comboio saiu da estação rumo a Coimbra. Pela frescura da manhã, de mochila às costas, entrei pela rua da Sofia, numa cidade ainda enevoada pelas humidades matinais. Tomei dois cafés e dois crúzios ao lado de Santa Cruz, dei uma volta pequena e juntei-me aos fiéis na sua missa dominical na igr

What Makes us Strong

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Ontem vi um documentário notável que está no Youtube intitulado "What Makes us Strong?", produzido pelo canal alemão DW, que à semelhança dum outro não mesmo notável ("How does touch affect our mental and physical health?") é profundamente fundamentado em estudos científicos que estão a ser desenvolvidos. Ora, neste documentário de ontem o que se questionava era essencialmente de que forma podemos ser resilientes, uma questão que importa a todas as pessoas, de todos os "walk of life". Irei voltar a ver este documentário, não muito longo (1 hora), porque terei ainda que integrar tanta informação.  Uma das questão colocadas é, justamente, porque razão há pessoas que aguentam as situações de stress e o gerem de forma saudável, enquanto que, para outras, essas situações têm efeitos negativos na sua estrutura psicológica? Para responder, há respostas naturalmente no domínio da ciência, nomeadamente na forma como se produzem substâncias químicas no organismo, no

Hilaritas

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Mais do que floreados e ornamentos no discurso, o emprego de imagens enriquece o sentido que o mesmo pode ter, dando um sentido axiológico, valorativo. Por contraste, uma linguagem asséptica, higiénica, de um branco hospitalar, não permite criar conexão com o receptor.  Quando saímos do discurso técnico, frio e impessoal e nos remetemos a dar sentido ao que comunicamos, passamos a dizer algo. O emprego de metáforas é um exercício tão importante quanto difícil, pois exige que consigamos apreender o sentido de uma situação, normalmente complexa e que pode não ser fácil de ler à primeira vista, o que requer não apenas capacidade analítica, como ainda criatividade e poder de síntese. Na política, compreende-se que um Secretário de Estado use mais a linguagem técnica, mas não que um Ministro o faça. Um Ministro deve ter um projecto, que pode passar por dominar a técnica, mas depois ele tem é que ser um mestre na comunicação e levar os outros a aderir às suas ideias. Acontece que hoje temos

Trabalhar para a saúde mental

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" Depressão e Ansiedade ", dá o título para uma TED talk de Johann Hari que estive ontem a ver. Será porventura um tema deprimente, para um dia já de si deprimente (Domingo à noite)... No entanto, é algo de que tenho cada vez mais me interessado, no sentido de perceber o fenómeno, que é muitíssimo importante, pois os nossos estados de alma não se furtam a períodos mais negativos, que poderão ser longos - e nós nem deles nos apercebamos. Cuidar do nosso mundo interior tem sido para mim uma aventura de aprendizagem, que me fascina. Passar de estados de penumbra, para estados de alegria e luz. Johann Hari ensaia falar sobre o tema e parte de duas constatações: há cada vez mais pessoas deprimidas e ansiosas no mundo; por outro lado, ele próprio teve períodos de depressão e a forma como os médicos a trataram fê-lo pensar; segundo as práticas comuns seria um problema biológico , de desequilíbrio químico do cérebro; a solução passaria por combater a falta de serotonina. Parece-me um

Escrever

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  Diz o Pe. Mário Azevedo da Igreja de S. Domingos que eu serei um escritor. Ontem tive a imensa sorte de me lembrar que na Livraria Bertrand aqui ao lado de casa se iria começar a reunir um grupo para falar de livros. Fui lá espreitar e, de facto, consegui ver pela porta que se sentava um  grupo à volta de uma mesa. Entrei, a conversa já se tinha iniciado há algum tempo... sentei-me por perto, até que o grupo me ganhou e tomei coragem de avançar para a ele me juntar. Acabei por ouvir várias pessoas, "mavericks" como eu, pessoas que tiveram a ousadia de aceitar o desafio de falarem sobre livros com desconhecidos. Penso que apenas uma das pessoas era portuguesa; havia pelo menos dois brasileiros, um cubano, uma francesa, uma russa, dois colombianos, um norte-americano e um casal simpático com uma filha pequena, que não cheguei a perceber donde vinham porque saíram mais cedo. A conversa fazia-se em inglês. Também me apresentei. Nas últimas semanas tenho ouvido muitas palestras