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A mostrar mensagens de abril, 2014

Javier dos vinhos Osborne

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Javier Ortilla nascera rodeado de fanáticos pelo mundo dos touros. Amigos de sempre da família, os Domecq, de Jerez de La Frontera, eram talvez os mais conhecidos representantes desta cultura toda ela virada para o amor ao campo. Católicos vibrantes e afirmativos, reconheciam-se nessa vida apaixonada que não escondia nunca nem Deus, nem os valores cristãos, pelos respeitos deste mundo, e ainda via na sociabilidade uma fonte de salutar convivência e de alegres dias e ... noites! Nunca tendo sido um aluno brilhante, Javier era sobretudo um galante. Tinha sido sempre pelo seu charme que conseguira vingar na vida. Quando acabara os estudos em Gestão na Universidade de Sevilha, entrara como comercial na Osborne, empresa do Cherry ou Xerez, dependendo de ser um inglês ou um espanhol a falar. Com a facilidade que tinha em fazer novos amigos e em estabelecer bons contacto, subira rapidamente na empresa e tornara-se o seu Director Comercial. A Osborne era uma empresa familiar dominada pela

Miguel do Comité das Regioes

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Parecia-lhe um pouco grosseiro aquele americano. Grande e desajeitado, com piadas vulgares, na verdade a falta de maneiras nele em nada o surpreendia, manifestação dessa enorme classe média que faz a América ser América. Mas o que ele tinha de grosseiro tinha também ele de simpático, e não podia deixar de o considerar como parente próximo. Maud estava na Alemanha. Já não se viam há mais de 2 semanas. Quando estiveram pela ultima vez, esquiando em Leogang na Áustria, ficaram naquele pequeno hotel, muito apetecivel, todo de madeira e onde serviam um pequeno-almoço com pão quente. Não dispensava também aquele apfel strudel com baunilha ao almoço, depois duma manhã tranquila pelas pistas. O que tanto apreciava em Maud era a sua forma de estar tão discreta e, ao mesmo tempo, tão atenta: os últimos tempos tinham sido tempos interessantes e havia muito para comentar. A Rússia e Putin, com a sua vontade de alargar de novo a sua esfera de poder, invadindo a Crimeia e pondo de alerta todo o

De volta à escrita

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Encontrei-me esta semana com duas pessoas muito diferentes, na mesma ocasião: José Sarmento Matos e Anthony  Stilwell. Havia convidado José Sarmento Matos para jantar no Parlatório, perto de minha casa. Quando lá cheguei ele estava sentado à mesa e oiço uma voz chamar "Duarte! Duarte!". Tratava-se de Anthony Stilwell, que faz do Parlatório a sua cantina (há tempos, em Outubro ou Novembro de 2013, cruzámo-nos pelo Facebook e, eu que nunca o conhecera, fiquei a saber que ele era um dos maiores amigos dos meus tios Duarte e Nuno). Gostei muito de jantar com José Sarmento Matos. Falámos sobre a cidade de Lisboa: ele é um Olisopógrafo de renome. No seu livro "A Invenção de Lisboa" debruça-se sobre o espírito desta cidade.  Acompanhados pelo vinho da casa (da minha casa, o "Lima Mayer"), descorremos um pouco aleatoriamente por vários assuntos da História de Portugal, entre os quais a génese desta cidade de Lisboa e deste povo, o Português. A propósito de Ja