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A mostrar mensagens de setembro, 2014

Bom jornalismo

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É um privilégio contarmos com um jornalismo tão bom, sério e interessante como o da BBC. Ontem "apanhei" já no final, o "Hardtalk", tendo como entrevistado Francis Fukuyama, e o pouco que vi valeu a pena. Mas depois, o noticiário que se seguiu, foi verdadeiramente excelente: na escolha da relevância dos assuntos a tratar, até à forma de os tratar. A bonita e inteligente Kathy Kay frente ao edifício das NU em Nova York estava como pivot e parte, extensa, do bloco noticioso foi sobre a presença de Obama na organização internacional. Não era para menos, dado o peso do assunto que está na ordem do dia da organização extremista islâmica que tem tomado conta de parte da Síria e do Iraque; ora, penso não estar a dizer nenhuma asneira, pois conseguiu-se uma unanimidade do Conselho de Segurança para intervir. O presidente americano fez um discurso contundente na Assembleia Geral e foi possível garantir o apoio de muitas nações árabes. Um jornalismo em cima do acontecimen

Utopia e Fidelidade

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Enquanto passeava na Serra de Sintra pensei o que era para mim, em novo, a verdadeira utopia. Eu e o meu primo Nuno Moser tínhamos um sonho: era o de nos tornarmos nos senhores de Sintra e de exercermos o domínio sobre a Serra, regulando as entradas, se necessário fosse, com uma portagem bem cara! Sintra uma espécie de San Marino ou Lichenstein! Uma utopia infantil, certamente, mas não deixava de ser uma utopia. Não o digo com pretensão, mas acho os sintrenses gente muito especial. Talvez mais reservados que o comum dos portugueses, com uma maior interioridade. Escrevi, certo dia, que a Serra de Sintra me deu uma certa melancolia, penso que é verdade. Passeando pela Serra ou pela Vila todos os rostos se transformam, ninguém é igual na cidade, ou em Sintra. Há um quê que se transforma. Quando algo é bonito, Sintra torna ainda mais bonito. Talvez o mesmo aconteça em sítios muito bonitos como em Itália, em algumas das suas cidades ou no campo. Tudo isto vinha a propós

Adriano Moreira

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Adriano Moreira pertence a um raro número de pessoas que nos ensina sempre que fala. É uma pessoa que se dedicou, desde cedo, a estudar os assuntos com seriedade e profundidade e que se guia por valores humanistas. Admiro-o muito. A sua voz é uma voz avisada, lúcida, muitas vezes até profética (creio que ele, que tanto se dedicou a estudar os assuntos, chegou a uma sabedoria que faz com que ele não apenas fale sobre o Passado como antecipe o Futuro, o que faz dele um profeta). Foi um homem que traçou o seu próprio rumo, com esforço, com tenacidade, com coragem. Penso que ele é um homem que conseguiu abarcar tanto porque sempre exerceu uma enorme capacidade de se interrogar sobre o mundo e de criar diálogo.

Jantar com José Sarmento Matos e outras coisas

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Jantar ontem com José Sarmento Matos. Que cultura extraordinária, uma conversa que irremediavelmente passa pela história de Portugal e da Europa, que nos remete para as camadas de que se faz o nosso País e a nossa identidade. Sempre presente a enorme riqueza do nosso património. Disse-lhe que toda a nossa história é um património imenso. Ele responde-me, que o nosso património é a nossa "conversa". E é-o de facto. Tudo o que não é vivido morre. Gosto por ter amigos de várias idades, companheiros de estrada. Falámos de política, de António Costa, do facto de ser português ser uma "confluência". "Onde seria possível que um indiano concorresse a 1.º Ministro se não em Portugal? Só mesmo em Portugal - possivelmente também em Inglaterra". "Somos do que há de melhorzinho na Europa, somos os comunicadores por excelência". "Podemos ser a periferia geográfica da Europa, mas somos o centro do Atlântico". E muitas mais lições sobre histór