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A mostrar mensagens de julho, 2014

Humildade vem de "humus"

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  Se coisa há que podemos aprender com mais uma história em que de bestial se passa a besta - e neste caso falo justamente do BES... - é que por, mais rico e poderoso, não há ninguém neste mundo que seja invunerável e infalível. Podem as capas das revistas coroar êxitos e destacar méritos, podem as vozes calar-se perante o prestígio, mas justamente quando pensamos que aquela pessoa é um/a "afortunado/a" - seja por mérito próprio, seja pelas sortes que lhe calharam - não há passarelas vermelhas para sempre.  Lembro-me de Aznar e do seu sucesso, até que o mesmo o terá de certa forma cegado. Quando muito alto se chega, há quem diga que se perde a noção das coisas. Eu sempre achei que o muito dinheiro realmente não ajuda muito, distorce até as coisas, sobretudo que tenhamos consciência das nossas limitações. É esse exercício que por certo é difícil de se fazer: aceitar que se pode perder, que amanhã podemos estar pior do que hoje, não sair sempre por cima. Por iss

Celebração do Gesto

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No outro dia em casa dos meus tios Thomaz e Maria José conversava com um tipo muito engraçado que é escultor e se chama Luís Valadares. É uma pessoa criativa, excêntrica, que contou uma série de anedotas. Uma personalidade de artista. Falámos sobre Rodin e sobre o museu em Paris de que gosto muito, no 6 ème.  Contava ele que certo dia lhe terá sido atribuído um lugar dentro dum edifício para desenvolver uma obra e que no mesmo edifício - que se bem me recordo seria em Montemor - havia outros artistas a trabalhar. Um deles seria João Pedro Croft, escultor de obras abstractas e muito conceituado no meio. Ora bem, parece que ao realizar a obra o Luís Valadares entrou numa casa de banho onde estava material  dentro duma banheira - seria gesso? - e pretendia pegar numa dessas massas de material para utilizar na sua obra, quando subitamente é surpreendido por uma rapariga muito nervosa que lhe diz para ele não pegar nessas massas de gesso, em forma quadrada, pois isso tratava-se da últi

Paichão

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Seguindo na estrada com andar constante, com a cabeça entre os ombros e o olhar em frente, concentrado no coração como quem reza uma prece... mas os passos ainda nesta estrada, há muito começada. Esta é a vida, a minha vida, nada nem ninguém me demovem de a viver, de a percorrer, num suceder de imagens que a calma interior faz com que nela habite o projecto e a entrega, o interesse em fazer dela um belo pacote de riquezas, de tesoiros. Pois tudo não são senão paixões e convicções. Jamais o desânimo. Falta a coragem de enfrentar os dias com o peito aberto? Pomos o olhar no chão da estrada que pisamos?  Há tempo para tudo e entre o coração que sente e a cabeça que pensa, façamos as nossas escolhas. E levantemos logo logo o olhar em frente, se por acaso, por momentos ele se pousou no chão.