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A mostrar mensagens de dezembro, 2025

Na apresentação do livro "Quase um Soneto à Juventude", de Diogo Moreira

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Os meus Verões de criança e juventude passei-os no mar da Praia Grande, onde a aproximação à água não é fácil, por razões eminentemente térmicas. O corpo em contacto com a água: os músculos retesados, esqueleto em sentido. Duas estratégias diferentes: permanecer esperando até que, já banhado pela espuma e salpicado pelas ondas, em gestos tímidos se avança passo a passo; ou acometer-se à frieza das águas num mergulho, decisão ainda assim por uma ou duas vezes adiada. Acho que nunca se entra na água da Praia Grande sem certa dose de ímpeto afirmativo; sou pois absolutamente defensor da segunda estratégia. Poderia haver aqui um quê de exibicionismo, mas manda sobretudo a fidelidade a uma pertença colectiva. A mesma pertença colectiva que me levava às carreirinhas nas enormes ondas com os meus amigos gémeos Taborda quando éramos ainda de borracha, ou ao exercício ousado de aventureiro quando o tio atleta Frederico Mayer nos dizia: “´’bora rapaz, vamos passar a rebentação e nadar até ver o ...