Inhaca em Lisboa
Hoje ao jantar apeteceu-me dar uma volta e acabei sentado a uma mesa, só, no Restaurante "Inhaca" - Portas de Santo Antão. 300 gramas de camarão bem cozido; ao meu lado dois africanos; umas mesas à frente, um português já depois dos seus 65 anos jantava, bem disposto, com o que só podia ser uma prostituta, de origem africana. Naquele rodopio de gente e vendedores ambulantes, chegou um indiano a vender rosas - parou junto ao português, e este perguntou à senhora negra se ela queria umas flores. Risos para cá, risos para lá, a moça hesitou, enquanto o homem, um tanto ou quanto displicente perguntava: "queres, ou não queres?!" A discrição feminina não lhe permitia dizer que sim - e o homem lá mandou o vendedor embora. Pensei cá para mim: "é tipicamente o construtor civil português que vai para Luanda e arranja uma pretinha". Outros vendedores ambulantes circundaram. Um senegalês vem-me oferecer produtos de artesanato em madeira. Um pratinho de bom presunto,