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A mostrar mensagens de novembro, 2009

Best email of the week

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Uma velha chinesa tinha dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas. Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Todos os dias ela ía ao rio buscar água, e ao fim da longa caminhada do rio até casa o vaso perfeito chegava sempre cheio de água, enquanto o rachado chegava meio vazio. Durante muito tempo a coisa foi andando assim, com a senhora chegando a casa somente com um vaso e meio de água. Naturalmente o vaso perfeito tinha muito orgulho do seu próprio resultado - e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer. Ao fim de dois anos, reflectindo sobre a sua própria amarga derrota de ser "rachado", durante o caminho para o rio o vaso rachado disse à Senhora : "Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até sua casa ..." A velhinha sorriu: "Reparaste que lindas flores

Um presente de Natal para Saramago

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Nas minhas voltas atempadas pelo Chiado na procura do presente mais indicado de Natal para dar ao meu amigo José Saramago, estava sem saber por onde começar. Tinha que escolher bem, pois sei que ele é pessoa que aprecia algo bem pensado. Acabei as minhas voltas sem nada de realmente interessante para lhe dar e eu sou um bocado assim, se não vejo nada interessante, não compro a primeira coisa que me aparece à frente. Não gosto que o Natal seja uma ocasião para se gastar só por gastar, e lembro-me de uma mãe dum antigo meu aluno me dizer que na família eram todos Testemunhas de Jeová e que não alinhavam no espírito consumista do Natal. Dou-lhe inteira razão, é uma oportunidade para se gastar, ou uma oportunidade para se viver num espírito - espírito que é o verdadeiro espírito de Natal - praticando os valores da amizade, da comunhão, da família ? Enfim nessa minha volta pelo Chiado, não encontrara nada e ía já pela rua Garret para o Parque do Camões, quando deito o olho às bancas de ven

Se quiseres conhecer uma pessoa...

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"Se quiseres conhecer uma pessoa, não lhe perguntes o que pensa, mas sim o que ama" - uma boa frase de Santo Agostinho para meditar... Tenho estado a ler um livro de Graham Greene "Monsignor Quixote" em que se conta a história de um padre D. Quixote que parte em viagem no seu velho Seat ("o Rocinante"), acompanhado, imagine-se... por um comunista, o antigo alcaide de El Toboso ("Sancho"). Estou-me a deliciar com a graça e "wit" deste livro, com os diálogos entre os dois, sempre acompanhados de pinga... Separa-os um grande fosso, mas se calhar, há algo que os une... e eu penso que é o facto de se considerarem mutuamente humanos e de não anularem o outro. Se as pessoas se dessem ao trabalho de conhecer melhor as pessoas que as rodeiam, penso que iriam compreender que há mais coisas que nos unem, que coisas que nos separam. Daqui talvez a brutalidade da política que separa mais que une, simplesmente porque o que está em cima da

O entusiasmo e a educação

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"Quando li as aventuras de Tom Sawyer fiquei fascinado pela personalidade deste rapaz. Um rapaz que se sentia sempre impelido para aventuras. Um rapaz de imaginação fértil que vivia juntamente com o seu irmão Sid (em tudo o seu oposto: ajuizado, cumpridor, ”um bom rapazinho”), com uma sua tia, a Tia Polly. Para Tom a vida era mais cativante e rica do que as coisas que o faziam aprender na escola (sobretudo na escola dominical onde o obrigavam a decorar trechos da Bíblia de cor). Para ele eram incrivelmente mais aliciantes os bichinhos que ele recolhia no campo e com que brincava e que martirizava com jogos. As superstições sobre como curar verrugas, em rituais complexos e difíceis. A sua imaginação, avesso que era à disciplina que lhe impunham, levava-o em perigosas aventuras, normalmente com Huckleberry Finn (Huck) e, por vezes, com Joe Harper . Era a Tia que o castigava por faltar à escola e ir brincar para o rio Mississipi; era a Tia que com ele se zangava – e ele fazendo-

A vida como um barco

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“Frente à costa encontra-se fundeado um veleiro de 4 mastros que converte o mar num anacronismo e também num convite. Navegar! Que enorme metáfora da vida inteligente! Este barco que se balança na reverberação do sol é uma criação da inteligência humana para aproveitar em seu favor as forças que estão contra si, e assim apoderar-se do mar. Um bom timoneiro sabe navegar contra o vento, servindo-se do empurrão do vento que previamente confundiu e capturou entre as velas. O vento extraviado sai por onde pode, que é por onde o navegador quer. Esse hábil navegar, dando bordos, cingindo-se a uma amurada e logo a outra, num ziguezague que engana as ondas, permite-lhe avançar para barlavento, oferecendo a cara ao ar encrespado, que é o que, antes ou depois, temos todos de fazer. Navegar é uma vitória da vontade sobre o determinismo”. “Criamos à força de esforços. Mantemos suspenso o orbe dos valores e da dignidade humana, prestes a desabar se claudicamos. Criar é sacudir a inércia, manter