Se quiseres conhecer uma pessoa...

"Se quiseres conhecer uma pessoa, não lhe perguntes o que pensa, mas sim o que ama" - uma boa frase de Santo Agostinho para meditar...

Tenho estado a ler um livro de Graham Greene "Monsignor Quixote" em que se conta a história de um padre D. Quixote que parte em viagem no seu velho Seat ("o Rocinante"), acompanhado, imagine-se... por um comunista, o antigo alcaide de El Toboso ("Sancho"). Estou-me a deliciar com a graça e "wit" deste livro, com os diálogos entre os dois, sempre acompanhados de pinga...
Separa-os um grande fosso, mas se calhar, há algo que os une... e eu penso que é o facto de se considerarem mutuamente humanos e de não anularem o outro.

Se as pessoas se dessem ao trabalho de conhecer melhor as pessoas que as rodeiam, penso que iriam compreender que há mais coisas que nos unem, que coisas que nos separam.

Daqui talvez a brutalidade da política que separa mais que une, simplesmente porque o que está em cima da mesa é a lógica do confronto de ideias e das fidelidades clubísticas e nunca se vê no adversário o que ele é, a sua vontade genuina de fazer o bem e a possibilidade de progresso comum.


"Ser de esquerda é, como estar na direita, uma infinidade de maneiras que o homem pode escolher ser um imbecil: ambas, com efeito, são formas de hemiplegia [paralisia] moral", disse Ortega y Gasset.

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