A Rainha Santa, 700 anos depois da sua peregrinação a Santiago de Compostela
O que poderá uma santa do longínquo séc. XIV português dizer-nos 700 anos de depois? Exercício ousado para quem não é teólogo nem historiador… mas creio não dizer nenhuma asneira se disser que a vida na Idade Média era em geral bastante mais difícil do que é hoje e que vivemos num mundo muito diferente. Deslocamo-nos facilmente, comunicamos em tempo real para o outro lado do planeta, um número alargado de confortos e distrações está ao alcance da generalidade da população das nossas cidades. Confesso que sempre me causou alguma estranheza o tom com que é descrita a vida na “Salve Rainha”, oração atribuída ao monge Hermano Contracto, que a teria escrito por volta de 1050, no mosteiro de Reichenau, no Sacro Império Romano-Germânico: “(…) A Vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E, depois deste desterro, nos mostrai Jesus, bendito fruto do Vosso ventre (…)”. Todavia, se tivéssemos em conta qu...
Comentários
O que há de mais libertador… que andarmos à chuva… é um regresso a uma infância pura, simples… é o despojar de tudo… de uma liberdade sem fim. Uma felicidade imensa…para tantos é constrangedora, incomodativa, totalmente desnecessária.
Sempre gostei de andar à chuva, de a sentir a cair na cara… é uma sessação de renovação, de comunhão… sinto-me bem… e isso é tão bom… Fui crescendo e cada vez encontro menos pessoas que gostem de o fazer, genuinamente… e isso faz-me pensar se não será tempo de refrear este velho hábito. Not yet! Not, yet!