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Esperança

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Quando muitos falam de crise, ousemos ser luz. Muito mais fácil é dizer que estão mal as coisas. Que as coisas são difíceis. O difícil é ver nas dificuldades oportunidades. É ver que há soluções, que nada está perdido. Que podemos iluminar. Ousemos ser contra-corrente. Talvez possamos fazer pouco, mas o pouco que fazemos já vale a pena. O nosso pequeno fósforo não servirá para iluminar a escuridão, mas já ilumina alguma coisa.

O circo está a arder

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Nos últimos tempos - a bom dizer, numa década que ainda parece, segundo os matemáticos, não ter findado - são muitos os que falam em crise. No outro dia comentava com um amigo meu sobre Medina Carreira, aquele que acho ser o "Apóstolo do Apocalipse" e dizia-lhe que não o leio, não gosto de quem procura o lado negro lunar. Pode ter razão, mas para quê o ler?! Para cavar mais fundo os motivos de desesperança?! Não me considero avestruz que enterra cabeça na areia para se abstrair da realidade e fingir que tudo está bem, mas a verdade é que deixei de ver televisão e ler jornais portugueses. De todos, vou passando os olhos às vezes pelo Público, e entusiasma-me a qualidade do i, jornal desempoeirado, interessante e variado. Indigna-me a mediocridade de muito do que nos rodeia, o diz-que-disse, o escândalo de Sá-Pinto vs. Liedson. Quase que me apetecia que Portugal não tivesse sido apurado para o Mundial de Futebol. Não posso com a gente do futebol, não posso com um País que, rid...

Exortação aos alunos do 11.º e 12.º do Colégio Planalto

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Ontem estive, a convite do Prof. António José Silva Marques, no Colégio Planalto. Tinha-me ele pedido que falasse um bocadinho da minha experiência e que deixasse algumas palavras aos alunos do 11.º e 12.º. Acho que a iniciativa tem todo o mérito: trazer pessoas mais velhas que podem, de alguma maneira, num clima de troca, criar pontes com uma geração mais nova. E que podem ajudar a amadurecer ideias. Comecei por dizer isso mesmo àqueles cerca de 30/40 alunos. Um dia perguntaram a um Professor de Oxford o que fazia daquela instituição uma instituição tão bem sucedida. Ele respondeu que era fácil: "andamos há mais de 1.000 anos a conversar". Queria ter começado por dizer que, com a idade que eles têm, não devem perder uma coisa: que é a capacidade de acreditarem. É muito próprio do processo de envelhecimento - não digo crescimento - deixar-se de acreditar, achar que não é possível, que é muito difícil. Enfim, acabar por ser um "Vencido da Vida" e não um "...

Carta de Portugal a um Adolescente

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Car/o/a amigo/a, Julgo que nunca recebeste uma carta minha e por isso vou apresentar-me: - O meu nome é Portugal e tenho cerca de 850 anos de vida. Podes estranhar tão provecta idade, pouco vulgar nas pessoas - talvez possível noutros seres como na "Guerra das Estrelas" com o Yoda - mas eu sou um país... Tu tens quantos? Ora bem... deixa-me contar-te uma estória... As navegações que aí por volta dos meus 300 anos começaram a levar-me mais para longe, permitiram-me ir saindo da Europa e conduzir-me por esse mundo fora. Ora, tal como tu estás agora a abrir-te ao mundo, também eu há cerca de 500 anos quis-me abrir ao mundo. E acredita que quando te falo, falo de experiência feita, pois e, perdoa-me a imodéstia, fui eu que, ao abrir-me ao mundo, abri o mundo. Segue-me então: Até há pouco tempo julgo que andavas a navegar inteiramente à vista dos teus pais. Não é verdade? Comigo também assim acontecia nesses primeiros tempos: embarcações pequenas e com pouca autonomia...

Os Fernão de Magalhães do século XXI

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Laura Dekker é uma rapariga holandesa que fez recentemente 14 anos. Nasceu a bordo dum iate, pois os seus pais passaram vários anos no mar, em viagem pelo mundo. A sua história cruzou-se com as nossas, pois atónitos, assistimos à notícia do seu desaparecimento. Foi encontrada um ou dois dias depois, a cerca de 5.000 km de casa, nas Antilhas holandesas e trazida de volta. A razão do seu desaparecimento tem que ver com o facto notável de estar a travar-se uma discussão jurídica, que pelos vistos parece estar a apaixonar a sociedade holandesa, sobre se ela pode empreender aquilo para que diz estar preparada: dar a volta ao mundo em solitária! Antes de mais, surpreende-me o cuidado com a questão está a ser vista pelas autoridades. Todos sabemos o artificialismo em que consiste estabelecer uma idade para a maioridade: há quem não a tenha aos 20, aos 30 até... e há quem com 16 anos seja uma pessoa perfeitamente capaz de decidir com maturidade. Obviamente que esta rapariga, por mais madura ...

Laura Dekker

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Laura Dekker "S he was born on a boat, the child of sailors, but a teenager’s hopes of becoming the youngest person to sail around the world solo capsized yesterday. A Dutch judge told Laura Dekker, 14, that she must put her ambitions on hold until July next year after a two-month investigation cast doubt on her ability to safely cope with the rigours of a journey that could last two years. The young sailor, who said she was disappointed at the ruling, faces a race against time to train herself before another court hearing in July, but is determined to push ahead. “Initially, her reaction was disappointment,” Mariska Woertman, a family spokesman, said. “But after I explained, she agreed these eight months would be enough for her to fully prepare and convince the court that she is ready.” The record is held by British sailor Mike Perham, who completed the daunting, nine-month challenge in August, aged 17 years and 164 days. Judge Mirjam Oostendorp said the investigation by ...

Best email of the week

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Uma velha chinesa tinha dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas. Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Todos os dias ela ía ao rio buscar água, e ao fim da longa caminhada do rio até casa o vaso perfeito chegava sempre cheio de água, enquanto o rachado chegava meio vazio. Durante muito tempo a coisa foi andando assim, com a senhora chegando a casa somente com um vaso e meio de água. Naturalmente o vaso perfeito tinha muito orgulho do seu próprio resultado - e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer. Ao fim de dois anos, reflectindo sobre a sua própria amarga derrota de ser "rachado", durante o caminho para o rio o vaso rachado disse à Senhora : "Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até sua casa ..." A velhinha sorriu: "Reparaste que lindas flores...