Humanistas e a tolerância, um bravo a João Massano

Thomas Morus poderia talvez com melhor acerto ser o padroeiro dos advogados portugueses do que São Ivo que ninguém verdadeiramente conhece... A história portuguesa tem nitidamente um deficit de pessoas corajosas, que se mantêm fiéis à suas convicções mais profundas e Thomas Morus é um arauto daquilo que representa o homem livre perante o poder. Era um homem competente, sensato, equilibrado. É claro que a piedade cristã era um atributo seu e, que na base daquilo que ele era, estava essa vida interior. Quando digo que a história portuguesa tem um deficit de pessoas corajosas, refiro-me à fraqueza da sociedade civil, que soçobra perante os poderes públicos. O Estado infelizmente tem um peso desmesurado e assim acontece com os poderes públicos em geral. Vivemos muito tempo em ditadura, em que o "respeitinho era muito bonito" e antes disso podemos falar de episódios de perseguição como aconteceu com a Inquisição (podem não ter morrido muitas pessoas, mas deixou um clima de suspei...