Jugglers

Na 2.ª feira fui almoçar a casa de Alice Wohl, a Colares. Norte-americana, com uma larga carreira dedicada à história de arte, é uma pessoa que sempre me acolhe bem.

Pediu-me para lhe falar do livro que tenho estado a escrever. Contei-lhe que começa em Londres, na National Gallery, com o quadro de Hans-Holbein "The Ambassadors" e que todo o tema do livro se foca no que dá vida e no que a mata. A personagem principal é um advogado, Frederico Pery. Vai lidar com uma questão muito relevante que é a depressão de advogados perto dele. Na história, a figura de Abraham Lincoln aparece a aconselhar Tom Sawyer. Curioso, hem?! O que é que dá vida - e o que é que a tira? Para que serve um advogado? Daremos vida? 

O livro aborda Kafka e outros e como a literatura é importante para que consigamos perceber, através de histórias, o "drama" em que se passam as nossa vidas. O advogado serve para quê? Servirá para proteger o seu cliente do mau tempo. 

Alice Wohl enviou-me um email à noite dizendo que tinha ficado a pensar na história e que ela é muito interessante e complexa ("I am impressed by the very great number of balls you are juggling"). De facto, são muitas bolas no ar, espero que elas não caiam!

Nos últimos dias, algo curiosamente comecei a ler um longo romance chamado "O Médico de Ispahan", que relata a história dum rapazinho orfão que é adoptado por um barbeiro-cirurgião, que é um praticante do malabarismo! Coincidências!  Ao tentar aprender com o seu mestre, Rob repete e repete os exercícios, só que as bolas acabam sempre por cair... mas ele acaba por as conseguir manejar. Assim eu consiga também!


 

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