Cega, surda e muda. Assim ficou Helen Keller nascida em 1880, saudável, depois de aos dezasseis meses adoecer com febres muito altas. Certo dia passeava com a sua tutora, Anne Sulivan. Quando passaram por uma fonte Anne pôs a mão de Helen debaixo de um fontanário que jorrava água fresca. Ao fazer isto, escreveu, letra a letra, com um dedo seu a palavra W A T E R na palma da mão de Helen. Ela sentiu uma alegria imensa ao poder relacionar as duas coisas. Sentiu prazer nessa relação, sentiu prazer por essa ligação que se fizera. Atribuiu sentido a essa acção e, a partir dali, não mais parou. Nesse dia aprendeu 30 palavras.
Sábios
O filósofo Josep Maria Esquirol pode não ser o melhor dos oradores, mas a reflexão que tem vindo a fazer é um convite irrecusável que nos faz a leituras proveitosas de reencontro connosco e a afinar as nossas cordas interiores. "Resistência Íntima - Ensaio de uma Filosofia de Proximidade", é um percurso pela condição humana de pequenas verticalidades num espaço horizontal, i.e., existir é para Esquirol um acto de transgressão contra a desagregação que nos leva, com o tempo, ao normal da horizontalidade. Segundo o autor " a ideia de resistência permite desenvolver uma reflexão num duplo registo que se pode entrelaçar. Por um lado, uma filosofia da proximidade que centra a atenção no outro - o amigo, o companheiro, o filho -, no ar que se respira, no trabalho, no quotidiano..., bem como nas articulações do si-mesmo (memória, sentimento, esperança...). Capas de intimidade, articulações complexas e variáveis que são abrigo íntimo, resistência íntima; uma resistência que disp...
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