Be yourself

Há uns anos, quando iniciava um novo projecto de trabalho, dar aulas a um grupo grande de indisciplinados alunos adolescentes, disseram-me uma coisa engraçada que me ficou: "seja você próprio".
Por vezes quando temos medo de alguma coisa, quando temos dúvidas das nossas capacidades, temos a tentação de nos colocarmos um escudo impenetrável e de perdermos toda a nossa naturalidade. Não o fazemos por mal, é uma reacção de defesa a uma potencial agressão exterior.
Rezo para que eu seja assim mais simples, mais natural, confiando mais. Aquela imagem de Cristo "sêde como crianças" é realmente uma boa imagem: a criança vive o momento, tem uma relação afectiva com as pessoas, confia.

São os mansos que são realmente fortes: eles baseiam a sua força na relação que desenvolvem com os outros, que desenvolvem consigo e com Deus.
Não ter que provar nada a ninguém, ser assim, natural, simples.
Só uma pessoa assim, simples, pode ser verdadeira.
Quando encontramos uma pessoa verdadeira, ela de alguma forma desarma-nos, mas no bom sentido - não no sentido de que nos obriga a recuar, não, não nesse sentido: no sentido que nos sentimos mais confortáveis, mais genuinos, mais à-vontade.
Ora isto é um trabalho que temos que ir exercitando diariamente, conversando connosco, rezando a Deus.
Mas, e há sempre um mas... é bom que nos aventuremos a novos desafios na nossa vida, desafios que nos fazem por vezes ter medo, que nos fazem por vezes pôr a tal "couraça". Porque são bons os desafios? Os desafios são bons porque fazem com que não nos acomodemos, porque nos fazem também de alguma forma sermos mais flexíveis e sabermo-nos adaptar. Porque nos fazem lutar. Porque nos fazem tentarmos dar mais de nós. Porque sonhar é bom e faz bem, mas o que realmente é importante é realizar, é concretizar. A realização e a concretização implicam trabalho, implicam persistência, coragem. O pior naufrágio é ficar em terra.




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