Questões fracturantes
A agenda política faz-se de proclamações e bandeiras, muito pouco ao jeito de discussões serenas onde os assuntos podem ser aprofundados, para bem de todos. Volta e meia, vêm à liça estes temas ditos "fracturantes".

Por isso, a mim de alguma maneira me desagrada o debate político destas matérias, pois sei que a maior parte das pessoas que apresenta os tais temas fracturantes não vive nem acompanha os casos que tão fervorosamente agita na tribuna.
A velhice, o não querer viver mais.
A velhice não é fácil. Ontem, ao finalizar um dia e depois de ter estado reunido com algumas pessoas para falarmos sobre a eutanásia, assisti a um programa na BBC sobre uma senhora, creio que na África do Sul que comemorava os seus 117 anos. Com uma saúde invejável, lúcida como um rapaz de 18 anos. Com uma enorme família à sua volta.
Acabar com a vida. Será esta a maneira mais digna de morrer? Dar-se uma injecção e pronto... acaba-se com tudo.
O problema é saber se é possível que o Estado tenha um ideal ético que eleja a vida humana como inviolável. Até pelos próprios. É uma questão muito complexa.
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