Vida feliz no meio da tribulação

Diz-nos o Pe. Tolentino no seu recente livro sobre as perguntas que alguns homens que viveram prisões e perseguições terríveis tiveram no meio da tribulação uma vida feliz porque algo maior prendia o seu coração. Podia ser a a visão de algo bonito, quer-me parecer que pode ser a ideia de uma grande utopia, um grande amor. Aquilo que nos prende o coração, dá-nos esperança e leva-nos a sermos fortes. Nesse sonho, tem que haver ternura e carinho para nos fazermos humanos, mesmo que isso nos faça vulneráveis. Sim, porque na vida tudo o que nos endurece e torna-nos "fora de nós" é sinal de fuga, de descentramento. O difícil é que "continuemos dentro" e que nos abramos ao mistério das coisas. Fazer-nos duros, impassíveis, é fecharmo-nos ao mundo. Mas termos a capacidade de nos comovermos e nos entusiasmarmos, isso sim! Ser forte não é ser duro, ser forte é apesar de tudo não perder a nossa candura e continuar para a frente. E reparar nas coisas bonitas que o caminho nos vai dando.

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