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A mostrar mensagens de fevereiro, 2025

Tia Maria José, nos seus 80 anos

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Temos uma família alargada numerosa. A tia Maria José, casada com o tio Thomaz, o irmão mais velho dos filhos da avó Mi e do avô Augusto e meu padrinho é um elemento muitíssimo importante e de quem todos gostam imenso. Faz parte da nossa vida, habituámo-nos a contar com a sua presença desde novos e posso dizer que ela sempre acrescentou. É uma pessoa muito completa. Muito atenta aos outros, exerce como poucos a capacidade de escutar e interessa-se genuinamente pela vida das outras pessoas. É essa uma das qualidades que mais admiro na tia Maria José. Quando estamos há mais tempo sem nos vermos e nos encontramos, tenta saber de nós - e sentimos que não se trata apenas de perguntas de circunstância. Certas vezes, tenho tido a sorte de ir jantar a casa dos tios a Santa Isabel, onde a tia promove jantares com sobrinhos, nomeadamente aqueles (muitos) afilhados dos tios. É uma pessoa que reúne os outros à sua volta, que sabe unir. Não conheço ninguém que não goste dela. Tem sempre uma palavra...

A esperança demencial de dois argentinos

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Não estamos autorizados a dar-lhe essa informação

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Joseph K. foi certamente vítima de alguma calúnia, pois, numa bela manhã, sem ter feito nada de mal, foi detido. (...) No mesmo momento, alguém bateu à porta e um homem que ele nunca antes vira naquela casa entrou no seu quarto. (...) Não - o Senhor não pode sair, o Senhor está preso. É o que parece - observou K. - E porquê, pode-se saber? - Perguntou ainda. - Não estamos autorizados a dar-lhe essa informação. Vá para o seu quarto e aguarde. Foi-lhe instaurado um processo e, no momento próprio, será informado do resto. K. pouco se importou com aquele conselho, o que o preocupava realmente não era o direito que talvez ainda possuísse de dispor sobre as suas coisas, mas sim conseguir perceber o que se passava naquela casa. in, "O Processo", de Franz Kafka

A janela para deixar entrar a brisa

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Podemos naturalmente dizer que do lado da leveza está a alegria. A alegria é leve, voa como um pássaro feliz.  Voltei hoje a umas leituras sobre Maritain: por alguma razão atrai-me pensar nele, ele que restaurou S. Tomás de Aquino e, por este, também Aristóteles.   Num livro que sentado no sofá da Bertrand fui lendo ao bocados nos seus primeiros capítulos, George Weigel diz-nos que quando o Papa João XXIII resolveu convocar a Igreja para o Concílio, pediu que os Bispos se pronunciassem sobre o que seria relevante discutir. Parece também que foi quando uma janela se abriu, ao fazer a barba, que o Papa teve a iluminação de convocar essa magna reunião, para que a Igreja deixasse entrar o ar fresco do espírito, tal como a brisa do ar que entrava pela sua janela. O Espírito Santo é um pássaro alegre que voa, livre. É um pássaro colorido e veloz. Não o devemos aprisionar em fórmulas, pretendê-lo fechar em caixas, numa qualquer gaiola.  Em resposta ao convite do Papa, Karol...