Tivali, no Tivoli e depois dei um salto a Bolonha
Estou na Toscânia - espero não estar a cometer alguma gaffe geográfica - desde ontem à noite, mais em particular em Bolonha.
Arcângelo Fuschini foi um importante pintor português e era filho do pintor e ceramista italiano Francesco Fuschini natural de Faenza. Francesco terá vindo para Portugal a convite do Marquês de Pombal para dar início à indústria da porcelana. Ora, sou descendente por linha paterna destes italianos e não deixa de ter piada andarmos por sítios por onde nossos antepassados fizeram a sua vida e imaginar...
E vim doutra reminiscência familiar, do Tivoli, perto de Roma, intrigado por saber donde virá o nome de Tivoli que o meu bisavô, Frederico de Lima Mayer, casado com Octavia Joyce Fuschini - se não me falham as contas, bisneta de Arcângelo e trisneta de Francesco, acima referidos - deu ao cinema que construiu na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

Banido de Roma, pelo Papa que se segue - talvez por uma questão de moralidade, digo eu! - para que não perdesse por completo a face é feito Governador ou algo que se lhe pareça de Tivoli e o mesmo entra triunfalmente nesta terra que havia sido residência do Imperador Adriano. E começa a construir esta villa extraordinária, com frescos e de jardins já eleitos os mais bonitos da Europa.
Ora, extasiado perante um espectáculo nocturno edificante de fontes e luzes, espreitei na livraria e encontrei um livro que me ofereceu talvez uma pista válida para as minhas buscas, indagações... "Rose a Villa d'Este", um livro lindo de capa dura, plenamente ilustrado com um estudo exaustivo sobre as rosas da Vila d'Este - que eu, por estar noite não vira no jardim. Mas no dia seguinte, pela manhã, voltei a entrar na Vila d'Este e se bem que não seja agora talvez a melhor altura delas, as rosas têm de facto um lugar importantíssimo no jardim; e não apenas no jardim: logo à entrada há umas pequenas esculturas no tecto de rosas, pintadas.
O meu bisavô Frederico era um apaixonado por rosas. Um banco no roseiral do Jardim Zoológico prepetua o seu nome, pois parece que ele ía para lá frequentemente. E o símbolo do Tivoli em Lisboa são precisamente rosas. Será esta uma inferência válida?
Estou também muito interessado em voltar a ver as telas da sala de jantar do Tivoli em Lisboa porque me pareceram que há parecenças com os frescos de Vila d'Este.
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